sexta-feira, 8 de novembro de 2024

egos e autoestimas

Nos últimos anos, andei com a minha autoestima em baixo. Mesmo em terreno negativo. Negativos, em milhões de infinitos ao quadrado. Tinha uma merda de ego, e sentia-me uma bosta de homem. Maioritariamente em relação ao aspeto físico, mas também, um pouco a nível psicológico, onde me sentia (ou sinto) um falhado. As redes sociais (mais o Instagram) também ajudaram nesse "feito" e não me sentir desejado, fez o pleno. Sentia-me invisível. Ignorado. É a vida a acontecer, diriam muitos. Mas é o que é. 

Depois de ter terminado o namoro, ou melhor, da forma como ele terminou, ainda fiquei pior. Bem pior. Portanto, e como é obvio, com a psicóloga foi fácil identificar esta questão. Yeah, sou um fácil. E estamos a arranjar estratégias para conseguir minimizar o impacto da "coisa" e avançar na resolução possível. E não estou a fazer-me de coitadinho, sei que tenho esse problema, e estou e tentar corrigi-lo. Keep Calm com as críticas. É um processo. 

Durante estes últimos meses, o downgrade foi tão grande (ainda mais, claro está), que fez com que fosse ainda mais vezes ao ginásio, como se isso mudasse alguma coisa. Fisicamente julgo que não, mas ao menos, a cabeça andava ocupada com o esforço. Com a raiva. Talvez com a revolta de ser como sou. E de ter nascido assim e de não ter tido "palavra" na minha feitura. 

Nesta luta pela melhoria física, que mais não é do que gostar de mim, tenho conhecido outros ginásios ao fim de semana, para não enjoar o de sempre. O de "sempre", apesar de ser de uma cadeia de fitness, é bastante familiar, portanto não há cá badalhoquices. Escrito isto, a mudança de cenários tem-me trazido coisas boas. Não só o facto de me obrigar a sair da minha zona de conforto (conhecer locais novos, conhecer pessoas novas, hábitos e rotinas novas, etc.), mas também a sentir-me um pouco desejado. Com os olhares, com as piscadelas e com os "auto toques" de terceiros, mais ou menos inocentes, nos seus corpos. 

Ainda não estou espetacular, mas estou a redescobrir-me, a reconstruir-me, mas acima de tudo, a conhecer-me. E isso é o mais importante. Assim, quando os meus amigos falam comigo, digo sempre: terapia é o melhor que podemos fazer por nós. E olhar-nos de fora, é absolutamente essencial, para evitar que entremos numa espiral, quase de autodestruição, quando ao fim ao cabo não existem motivos para isso. 

E assim sendo, estou aqui a contar os minutos para ir de fim-de-semana e criar memórias bonitas. 

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