terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

relacionamentos

Disse-me um amigo meu, que um casal que ele conhece, se separou após 7 anos de vida em conjunto porque “já não havia chama”. Já viviam juntos, dividiam despesas, compraram coisas os dois e depois… olha depois acabou. Não é fácil ter uma relação duradoura. Não é fácil aceitar coisas e muito menos perdoar (e embora se perdoe fica sempre uma mancha que não sai). Manter uma “chama acesa” requer muita capacidade de encaixe, de cedência e de fuga ao facilitismo. Obviamente, que uma relação que já dure há um bom par de anos, estagna a determinado ponto, porque as pessoas, queiram ou não, acomodam-se e desistem de “provocar” a outra parte. Contudo, acho que se as pessoas se amarem, se cuidarem e se esforçarem, conseguem ir inimizando (ou eliminando) o impacto de muita coisa negativa.

A verdade, é que quando se inicia um relacionamento, pensamos logo que é para a vida e será tudo cor-de-rosa. A verdade, é que na mínima dificuldade achamos que “se calhar não vale a pena” e que “estamos a perder tempo, tendo em conta a variedade que há por ai”. Há pessoas que acham que existem várias almas gémeas pela vida fora, outras que acreditam que estar sozinho é o melhor, outras que acham que não arranjam “melhor” e outras tantas situações que nos fazem ser todos diferentes. É verdade também, que não temos que fazer fretes e aguentar um relacionamento só porque sim, mas vejo (e já falei disso) que hoje é tudo mais descartável, e ao comparar com a realidade heterossexual, como me disseram alguns bloguers (como o Leonel) é natural que as relações durem mais porque por vezes existem filhos, existem empréstimos, existem tantas coisas que amarram as pessoas que acabam por não terminar as suas relações.


Os meus pais por exemplo, do que me lembro o relacionamento deles, nem foi sempre bom e correu tudo bem. Tiveram (e ainda têm) momentos horríveis de discussões parvas, e numa altura que tinha 6/7 anos, tiveram para se separar porque a minha mãe não aguentava a “vida boémia” do meu pai (ele era presidente de uma associação desportiva e praticamente não estava em casa). A verdade, é que continuaram juntos. Não sei se por mim e pelo meu irmão, se pelos empréstimos bancários ou por outro qualquer motivo, mas continuam juntos. E acredito que passados 37 anos de vida comum, uma pessoa já não vive em mentiras. Já se conhecem demasiado bem para se enganarem um ao outro. E no telefonema que o meu pai me fez, preocupado com a minha mãe porque no hospital ninguém dava notícias, verifiquei sinceridade (e porque não dizer amor) naquela atitude (ainda por cima num homem que sempre foi duro, nunca mostrou o que sentia e que sempre achou que os filhos tinham que ser machos latinos) e fez-me crer que ele gosta mesmo dela. Obviamente, que se os meus pais concluíssem que estariam melhor separados do que juntos, eu compreenderia, porque a infelicidade não é caminho para ninguém (da mesma forma que compreendi, porque é que a minha avó fugiu – e mais tarde se divorciou – do meu avô.  

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

sei que me amas, mas podes ser o meu padrinho de casamento?

"Em Julho de 2014, João encontrou-o na Sérvia e encostou-o à parede. Disse-lhe que estava cansado de viver em segredo. Que viver escondido em quartos de hotel não era vida. Que não havia razões para ter medo. Nessa noite, Thomas deu a resposta que até hoje atravessa o coração de João:

– Eu não sou homossexual. É só contigo que sinto isto."


Ler o texto integral aqui.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

dia dos namorados

“Houston we have a problem”. Pois, é basicamente isso. A minha relação com o “Dia dos Namorados” sempre foi de “amor-ódio”. Durante anos (porque não dizer centenas de anos) estive solteiro. Tudo era suportável, exceto o dia 14 de Fevereiro… porque via tudo aninhando e encarreirado... e eu ali sozinho. Cheguei a pensar se teria algum problema grave, ou se o meu desígnio seria ficar assim até o resto dos meus dias. Tive as crises clássicas do “ninguém me quer” e do “ninguém me pega”, ou porque sou “feio”, ou “assado”, ou “cozido”. Quando queremos algo, e se esse algo nunca mais acontece, começamos a elaborar teorias sobre os mistérios do universo e ficamos apologistas do “mais vale só do que mal acompanhado” (em certas situações até é verdade).

Quando me perguntavam sobre o “Dia dos Namorados” dizia sempre “ah, não ligo a isso”, quando no fundo pensava “tenho pena de estar solteiro neste dia”. E sempre usei esse chavão, ao fim ao cabo, como escudo protetor da curiosidade alheia. Até que um dia, já quase a meio da vintena arranjei um namorado. O primeiro. O tal. Aquele cujo nome estava escrito nas estrelas. aquele cujo sobrenome era o meu "nick" do meu anterior blogue. Haveria dúvidas que seria até morrer? Azar dos azares, começamos a namorar em Abril e não chegou até Fevereiro do ano seguinte. Julgo que se arrependeu nos anos subsequentes, mas isso são outras “histórias”, para outros dias comemorativos. O segundo namorado… bom adiante. A “coisa” não correu nada bem e não vale a pena estar aqui a esgrimir argumentos sobre um "erro", que me odeia e me quer ver a boiar no Tejo.  

O terceiro. Quando começamos a namorar, só comemorámos o dia dos namorados assim “à séria” no primeiro ano e muito, por causa da pressão que exerci (queria viver “aquilo” porque sempre imaginei que era espetacular até que percebi que era só um dia em que todos eram "fofinhos", mesmo que odiassem a sua cara metade no resto do ano). No meu caso, ele não liga ao dia e eu sinceramente também não faço questão, pelo que, depois da "minha inauguração" no dia dos namorados, comecei a "desligar". Nos anos seguintes, ele dava-me peluches, eu não lhe dava nada, ou dava-lhe eu, e ele esquecia-se. O ano passado nem dia de namorados houve (houve, mas não no meu calendário), porque segundo ele “eu estava chateado” (sempre é uma perspetiva diferente do problema). Com o tempo passei a ignorar o dia, porque sinceramente, é mais do mesmo, e já temos os aniversários de um e de outro, já temos o natal, já temos o dia 19 de Novembro, já temos a data da reconciliação e acho que já existem demasiados dias comemorativos. Esta semana, apesar do nosso acordo de “não há presentes para ninguém no dia dos namorados” firmado há uns anos, perguntou-me: “Então e sábado? O que fazemos?”. “Mas alguém faz anos?” – respondi.

 E pronto, abri a caixa de pandora. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

fevereiro

 "Para parte de Fevereiro, guarda lenha no quinteiro." 
Dito popular português

Fevereiro
Dois Coelhos - Dois Coelhos
 [www.historiasdecoelhos.blogspot.pt]
Fonte: Calendário Blogosférico 

Datas importantes:
|PT|
14. Dia dos Namorados (Dia de São Valentim)
17. Carnaval
|BR|
17. Carnaval
|Aniversário de Blogues| 
07. Dois Coelhos
[www.historiasdecoelhos.blogspot.pt]
20. Cansei de Ser Hétero
[www.canseish.blogspot.pt]