Se conhecer pessoas aos 30's, quando era - e estava solteiro, já era complicado e muito difícil, imaginem agora aos 44 anos - que estou novamente solteiro.
Agora pensem.
Se conhecer pessoas aos 30's, quando era - e estava solteiro, já era complicado e muito difícil, imaginem agora aos 44 anos - que estou novamente solteiro.
Agora pensem.
No ginásio:
Senhor (que só tem mais 5 anos que eu): Então? E como é logo?
*pânico*
Eu: Logo? Como assim?
Senhor (que só tem mais 5 anos que eu): Sim, pah! Quem ganha Porto ou Sporting?
*respiro de alívio*
Eu: Ah isso. Não sei. Para mim acaba por se um pouco indiferente.
Senhor (que só tem mais 5 anos que eu): Ahhhhhh já percebi que és do Benfica.
E eu só conseguir esboçar um sorriso amarelo, ao mesmo tempo que pensava: não, é mesmo por ser gay e não ligar nada a futebol.
Acho que nunca teria um date (na vertente romântica da coisa), com uma pessoa que conhecesse pelo blogue. Não sei. Além de me sentir em desvantagem, porque saberiam muito mais de mim que o inverso, ficaria um pouco constrangido, porque exponho-me demasiado por aqui.
Pronto, falei desta canção na publicação anterior, fui ouvir de novo, descobri a Special Edition, e pimbas, retomei-lhe o gosto. E esta canção já é do Festival de 2022, meu deus das canções - estou ainda mais idoso. Como o tempo passa a correr.
E finalmente, que hoje é sexta-feira. Tenho saudades dos dias onde tudo era mais fácil, e o fim-de-semana era sinónimo de farra e descontração. Tenho saudades de dançar e beber copos. Alguém me pode indicar matinés para quarentões plus em Lisboa? Desde já agradeço.
Bem, se calhar devia era beber um Ginger Ale, e deixar-me de merdas. Ou então, trabalhar um bocadinho, just in case. Até porque quem ganha a vida na cama, ou a olhar para o teto, é profissional do sexo - ou tem um Only Fans.
Estou desde ontem a ouvir as canções propostas, para o Festival da Canção deste ano, e para já, estamos assim - mais, só depois de ver tudo ao vivo:
Bem, e agora vou responder aos vossos comentários, ler os blogues suspeitos do costume e continuar a ouvir as canções para o Festival da Canção deste ano - para ver se faço uma análise das mesmas.
Vi, que tinha uma chamada não atendida no Whatsapp, e mandei mensagem a perguntar se queria alguma coisa, ou se tinha sido engano. Disse-me que tinha sido engano. Óbvio. Claro que era engano. Aproveitei para perguntar se estava tudo bem com ele, respondeu-me que sim, e ainda lhe disse, que para um gajo de 34 anos, médico - com responsabilidade na vida dos outros, revelou muita infantilidade. Ou se preferirem, imaturidade sentimental. Respondeu-me que não foi nada disso, que precisou de estar mais off, e pediu-me desculpa pela ausência e falta de noção da parte dele.
Porque é que os homens são tão imaturos, e a maioria não sabe o que quer da vida, lixando a vida dos outros? Alguém me sabe responder?
Quer a minha Psi, quer uma amiga próxima, dizem que tenho de ter uma conversa, conversa e que estou a adiar a coisa. Mas caralho, toda a gente está a cagar-se para mim, para o que sinto, como fico após as situações, e eu, tenho sempre de priorizar, esclarecer, falar com os outros, de forma a não existirem equívocos, só porque os outros podem ter esses equívocos? Não me lixem, pah. Não me lixem.
Gosto muito da minha colega do lado, mas deixa-me sempre com dores de cabeça ao final do dia. A verdade é que ela não precisa de estar constantemente a berrar, para contar alguma coisa. Seja o que for. Pessoal ou de trabalho. Bem que poderia moderar o tom. Da mesma forma, que também não precisa estar, constantemente, a mostrar coisas no telemóvel, como vídeos para rir, memes, horóscopos, cães'zinhos e gatinhos amestrados, ou criancinhas irritantes, até porque quando não estou interessado em coisinhas da treta. Antes fossem gajos bons. Está mesmo velha, chiça penico.
É claro que isto influencia o meu rendimento profissional, porque não me consigo concentrar a fazer as coisas, que tenho para fazer, só porque ela não sabe/consegue estar calada 5 minutos. Para mim, é, e tem sido, uma tortura. Também não tenho a culpa, que ela não tenha uma vida além do trabalho, e utilize a situação profissional como um escape social. Isto não é, repito, não é um centro de dia.
Enfim. Só sei que ela já se despediu com um "até amanhã" às 17h00m, mas ainda a oiço na sala do lado na conversa. Com sorte, ainda vou sair primeiro que ela.
Nossa Senhora dos Coleguinhas Que Não Se Calam, tende piedade de mim.
Sexta-feira passada publiquei, no meu Instagram, uma foto em tronco nu. Já sabia, que mais tarde ou mais cedo, iria receber comentários ou mensagens depreciativas - como tenho recebido aliás, nos últimos tempos, mas caguei. É pah, apesar de ter 44 anos, e alguma dificuldade em perder a barriguita, estou orgulhoso do corpo que tenho, porque o tenho, com muito sacrifício de dieta e exercício físico. Não vou mentir que me dá tusa trabalhar, para gostar de me ver ao espelho sem roupa, mas também o facto, de ter o colesterol muito, mas muito, elevado, dá-me um alento extra. Porque não quero ter outro "mini-AVC", e quero tentar ser o mais saudável possível - mesmo cometendo algumas asneiras alimentares diárias.
Adiante.
Passados uns minutos da publicação, lá surge o primeiro comentário: "Só se vê 4 abdominais? Vê-se logo que não fazes elevações de perna".
Fiquei ligeiramente fodido, porque o "reparo" foi produzido por antigo colega do secundário, com quem raramente falo, que não é meu amigo, que não tem confiança comigo para este tipo de observações, e acima de tudo, porque achei aquilo sem noção. Vindo do nada. Gratuito. Além disso, alguém que não é da área do fitness, nutricionista ou similar, e para concluir, alguém que não pratica exercício físico. E que volto a frisar, não tem confiança comigo para este tipo de abordagem. Portanto, só lhe respondi "que comentário de merda".
Óbvio que não gostou. E vai daí, volta à carga com um "mas não aguentas uma crítica construtiva? Querias que mentisse e dissesse que estavas em forma para concorrer na categoria de men's physique"?
Não, cromo do caralho, não aguento uma crítica construtiva, quando a mesma não tem nada de construtiva, a não ser tentar diminuir o meu esforço e minha alegria de me ver ao espelho. Não, cromo do caralho, quero lá saber do men's physique ou o raio, porque não quero concorrer a nada, nem tão pouco ser capa de uma revista de fitness. Portanto, cromo do caralho, quero é que te fodas e metas a crítica construtiva no c*.
Ok, não respondi assim, até porque moderei o contra-comentário, mas avisei-o que iria remover do meu Instagram. Gostou? Não gostou. Foi a correr para o Facebook bloquear-me, mas antes, ainda enviou a seguinte mensagem privada: "eu também sou rápido e daqui já vais de vela". A minha reação? Mãos para cima e agradeci ao Senhor! Que já queria ter feito aquilo há décadas, mas nunca o tinha conseguido fazer, com receio da pessoa ficar chateada e armar peixeirada na rua.
E como este cromo do caralho, tenho outros da caderneta, que me mandam mensagens fofinhas a dizer "vais tantas vezes ao ginásio e continuas igual", "o treino não está a resultar", "só levantas esse peso? És mesmo menino!" ou "tens gordurinhas ali de lado". Sério, mas qual é a necessidade? Ficam mais felizes em diminuir o outro, só porque sim? Se o motivo for esse, meus amigos, que continuem assim, porque eu quero mesmo é que as pessoas sejam felizes.
A canção foi lançada, faz 3 dias, ouvi hoje e foi amor à primeira vista. Como declaração de interesses, aviso já que adoro a Gisela João e Zeca Afonso, portanto, a minha análise poderia ficar já inquinada, mas esta canção e interpretação, fez-me transportar para os meus tempos de criança, para os anos 80, para os cantores de intervenção e para a Festa do Avante - que ia com os meus pais e a minha bisavô, assumidamente comunista, mas não militante. Ou seja, despertou em mim, nostalgia e saudades de lugares, de pessoas, de sentimentos e de sonhos, que agora parecem distantes, ou de outras vidas passadas, mas que já foram meus.
Ao fim ao cabo, falamos de Liberdade, pessoal e coletiva, nestes tempos que se avizinham tenebrosos. Agora, mais do que nunca, veremos o que os seres humanos valem, e quem merece caminhar a nosso lado. Que nos acrescenta. Que nos valoriza. Que não nos larga a mão.
Atenção: não tenho nada contra as pessoas, que procuram outras na mesma faixa etária. Tudo é válido e cada um sabe de si. Só acho um bocado tonto, as conversas que acontecem, quando nada está escondido, ou quando nem sequer foram formuladas intenções, para além de uma amizade, ou de uma conversa para passar o tempo.
Tendencialmente, prefiro pessoal mais novo que eu (máximo 7 anos de diferença), sendo que isso nem sequer é uma regra absoluta. Mas tenho essa preferência, porque apesar de já ter 44 anos, comecei tudo muito tarde (a virgindade só se foi aos 28 e o primeiro namoro aos 29), e então, mentalmente, sinto-me um pouco ainda mais "atrasado" em maturidade sentimental gay. Seja lá isso o que for. Ou melhor, com pessoas mais velhas que eu, e mais experientes, sinto-me um pouco atrás, e sem capacidade de as acompanhar, até porque já passaram mais etapas do "jogo" e avançam logo para outros níveis, que eu ainda não me sinto preparado para "jogar". Da mesma forma, que com pessoal muito mais novo que eu, 30's e por aí, coloco logo uma barreira porque são muito novos. Muitos deles nunca tiveram uma fase de putice, e há sempre o risco de isso acontecer de um momento para o outro. Se estou a ser preconceituoso? Talvez. Mas gato escaldado...
E sim, eu sei que há pessoas com 32 anos, que têm mais maturidade do que pessoas com 44. Que tudo depende do nosso percurso de vida, das nossas experiências - sentimentais e outras, dos dramas que vivemos e da maturidade que adquirimos com isso tudo. Mas... ainda assim, eu fico sempre de pé atrás. Por isso, e por outras coisas, entendo perfeitamente a "fronteira" da idade, que algumas pessoas têm. Só não percebo a falta de coerência. E de noção.
Demos match no Tinder, eu com 44, ele com 32, e a interação seguinte, foi mais-ou-menos assim:
- Ahahaha Desculpa, mas eu procuro um relacionamento e tu já és um bocado velho.
- Percebo. Mas eu não te pedi em namoro, além que de momento só procuro amigos.
- Sim, mas 12 anos é muita diferença de idade. Procuro relacionar-me apenas com pessoas mais novas.
- Ok, mas eu não procuro namoros agora, nem contigo.
- Com pessoal da tua idade, só costumo dar umas voltinhas.
Sim, eu mereço.
Estou farto de gays.
O BenidormFest está à porta, e ando a ouvir em loop as canções a concurso. Já tenho algumas favoritas, e uma delas, é esta: Amor Barato. É uma canção, a atirar para uma rumba, boa para dor de corno (AHAHAH), e fácil de acompanhar o cantor na letra - Por una cariciaaaaaaaaaaaaa Y una noche mássssssssssssss!
E sim, eu faço shows no carro quando estou a ouvir esta canção - AHAHAHAHA.
Julguem-me, quero lá saber.