Sigo um gajo no Instagram, que é o “crush” virtual de um
amigo meu. Bom, de facto, o rapazinho é podre de bom e giro (pelo menos para mim), e fazia-lhe (sem
sombra de dúvida) um test drive, mas não é a minha paixoneta virtual (um dia
conto-vos quem é), porque os meus fetiches tombam quase sempre para americanos,
mas adiante. Sempre que o menino publica uma fotografia, eu faço questão de a enviar
para o meu amigo para provocá-lo, esperando uns comentários parvos, gerando uma
conversa parva, que quase sempre resulta em gargalhada.
No seguimento do envio de uma dessas fotografias, dizia-me o meu amigo ontem, que “esse gajo era o homem da
minha vida” e que “um homem desses era só para sexo”.
Perguntei-lhe porquê, e ele respondeu-me: um homem desses
não é homem de um homem só. É demasiado bom para casar. Não queria um marido
para mundo e meio cobiçar. Não conseguia confiar numa coisa dessas.
Discordei e perguntei-lhe: então só namoram as pessoas feias?
E ele respondeu-me com um: Não. Giras, mas normais.
Hum. Ah e tal. Até parece que a cobiça não aparece quando
menos se espera, e por quem menos se espera. O engate está em todo o lado, e
ninguém está imune a isso. Nem os feios, os menos feios, os giros, os
mais-ou-menos giros ou os super giros. Além de que a nossa bitola é sempre diferente daquela utilizada pelo "nosso vizinho". É claro que há sempre aqueles gajos que conseguem reunir um consenso da maioria, mas esta postura já faz-me lembrar alguns "hetero-homofóbicos", que pensam que os gays querem ir para a cama com todos os homens heteros do mundo, só porque são gays.
Mas afinal o que são pessoas giras, mas
normais, mas que não são demasiado boas para serem cobiçadas?