Acho que nunca teria um date (na vertente romântica da coisa), com uma pessoa que conhecesse pelo blogue. Não sei. Além de me sentir em desvantagem, porque saberiam muito mais de mim que o inverso, ficaria um pouco constrangido, porque exponho-me demasiado por aqui.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
ginger ale | special edition
Pronto, falei desta canção na publicação anterior, fui ouvir de novo, descobri a Special Edition, e pimbas, retomei-lhe o gosto. E esta canção já é do Festival de 2022, meu deus das canções - estou ainda mais idoso. Como o tempo passa a correr.
E finalmente, que hoje é sexta-feira. Tenho saudades dos dias onde tudo era mais fácil, e o fim-de-semana era sinónimo de farra e descontração. Tenho saudades de dançar e beber copos. Alguém me pode indicar matinés para quarentões plus em Lisboa? Desde já agradeço.
Bem, se calhar devia era beber um Ginger Ale, e deixar-me de merdas. Ou então, trabalhar um bocadinho, just in case. Até porque quem ganha a vida na cama, ou a olhar para o teto, é profissional do sexo - ou tem um Only Fans.
festival da canção 2025
Estou desde ontem a ouvir as canções propostas, para o Festival da Canção deste ano, e para já, estamos assim - mais, só depois de ver tudo ao vivo:
coisinhas
Bem, e agora vou responder aos vossos comentários, ler os blogues suspeitos do costume e continuar a ouvir as canções para o Festival da Canção deste ano - para ver se faço uma análise das mesmas.
o misterioso do grindr
Vi, que tinha uma chamada não atendida no Whatsapp, e mandei mensagem a perguntar se queria alguma coisa, ou se tinha sido engano. Disse-me que tinha sido engano. Óbvio. Claro que era engano. Aproveitei para perguntar se estava tudo bem com ele, respondeu-me que sim, e ainda lhe disse, que para um gajo de 34 anos, médico - com responsabilidade na vida dos outros, revelou muita infantilidade. Ou se preferirem, imaturidade sentimental. Respondeu-me que não foi nada disso, que precisou de estar mais off, e pediu-me desculpa pela ausência e falta de noção da parte dele.
Porque é que os homens são tão imaturos, e a maioria não sabe o que quer da vida, lixando a vida dos outros? Alguém me sabe responder?
sentimentos
Quer a minha Psi, quer uma amiga próxima, dizem que tenho de ter uma conversa, conversa e que estou a adiar a coisa. Mas caralho, toda a gente está a cagar-se para mim, para o que sinto, como fico após as situações, e eu, tenho sempre de priorizar, esclarecer, falar com os outros, de forma a não existirem equívocos, só porque os outros podem ter esses equívocos? Não me lixem, pah. Não me lixem.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
colegas que não se calam
Gosto muito da minha colega do lado, mas deixa-me sempre com dores de cabeça ao final do dia. A verdade é que ela não precisa de estar constantemente a berrar, para contar alguma coisa. Seja o que for. Pessoal ou de trabalho. Bem que poderia moderar o tom. Da mesma forma, que também não precisa estar, constantemente, a mostrar coisas no telemóvel, como vídeos para rir, memes, horóscopos, cães'zinhos e gatinhos amestrados, ou criancinhas irritantes, até porque quando não estou interessado em coisinhas da treta. Antes fossem gajos bons. Está mesmo velha, chiça penico.
É claro que isto influencia o meu rendimento profissional, porque não me consigo concentrar a fazer as coisas, que tenho para fazer, só porque ela não sabe/consegue estar calada 5 minutos. Para mim, é, e tem sido, uma tortura. Também não tenho a culpa, que ela não tenha uma vida além do trabalho, e utilize a situação profissional como um escape social. Isto não é, repito, não é um centro de dia.
Enfim. Só sei que ela já se despediu com um "até amanhã" às 17h00m, mas ainda a oiço na sala do lado na conversa. Com sorte, ainda vou sair primeiro que ela.
Nossa Senhora dos Coleguinhas Que Não Se Calam, tende piedade de mim.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
comportamentos
Sexta-feira passada publiquei, no meu Instagram, uma foto em tronco nu. Já sabia, que mais tarde ou mais cedo, iria receber comentários ou mensagens depreciativas - como tenho recebido aliás, nos últimos tempos, mas caguei. É pah, apesar de ter 44 anos, e alguma dificuldade em perder a barriguita, estou orgulhoso do corpo que tenho, porque o tenho, com muito sacrifício de dieta e exercício físico. Não vou mentir que me dá tusa trabalhar, para gostar de me ver ao espelho sem roupa, mas também o facto, de ter o colesterol muito, mas muito, elevado, dá-me um alento extra. Porque não quero ter outro "mini-AVC", e quero tentar ser o mais saudável possível - mesmo cometendo algumas asneiras alimentares diárias.
Adiante.
Passados uns minutos da publicação, lá surge o primeiro comentário: "Só se vê 4 abdominais? Vê-se logo que não fazes elevações de perna".
Fiquei ligeiramente fodido, porque o "reparo" foi produzido por antigo colega do secundário, com quem raramente falo, que não é meu amigo, que não tem confiança comigo para este tipo de observações, e acima de tudo, porque achei aquilo sem noção. Vindo do nada. Gratuito. Além disso, alguém que não é da área do fitness, nutricionista ou similar, e para concluir, alguém que não pratica exercício físico. E que volto a frisar, não tem confiança comigo para este tipo de abordagem. Portanto, só lhe respondi "que comentário de merda".
Óbvio que não gostou. E vai daí, volta à carga com um "mas não aguentas uma crítica construtiva? Querias que mentisse e dissesse que estavas em forma para concorrer na categoria de men's physique"?
Não, cromo do caralho, não aguento uma crítica construtiva, quando a mesma não tem nada de construtiva, a não ser tentar diminuir o meu esforço e minha alegria de me ver ao espelho. Não, cromo do caralho, quero lá saber do men's physique ou o raio, porque não quero concorrer a nada, nem tão pouco ser capa de uma revista de fitness. Portanto, cromo do caralho, quero é que te fodas e metas a crítica construtiva no c*.
Ok, não respondi assim, até porque moderei o contra-comentário, mas avisei-o que iria remover do meu Instagram. Gostou? Não gostou. Foi a correr para o Facebook bloquear-me, mas antes, ainda enviou a seguinte mensagem privada: "eu também sou rápido e daqui já vais de vela". A minha reação? Mãos para cima e agradeci ao Senhor! Que já queria ter feito aquilo há décadas, mas nunca o tinha conseguido fazer, com receio da pessoa ficar chateada e armar peixeirada na rua.
E como este cromo do caralho, tenho outros da caderneta, que me mandam mensagens fofinhas a dizer "vais tantas vezes ao ginásio e continuas igual", "o treino não está a resultar", "só levantas esse peso? És mesmo menino!" ou "tens gordurinhas ali de lado". Sério, mas qual é a necessidade? Ficam mais felizes em diminuir o outro, só porque sim? Se o motivo for esse, meus amigos, que continuem assim, porque eu quero mesmo é que as pessoas sejam felizes.
vejam bem | gisela joão
A canção foi lançada, faz 3 dias, ouvi hoje e foi amor à primeira vista. Como declaração de interesses, aviso já que adoro a Gisela João e Zeca Afonso, portanto, a minha análise poderia ficar já inquinada, mas esta canção e interpretação, fez-me transportar para os meus tempos de criança, para os anos 80, para os cantores de intervenção e para a Festa do Avante - que ia com os meus pais e a minha bisavô, assumidamente comunista, mas não militante. Ou seja, despertou em mim, nostalgia e saudades de lugares, de pessoas, de sentimentos e de sonhos, que agora parecem distantes, ou de outras vidas passadas, mas que já foram meus.
Ao fim ao cabo, falamos de Liberdade, pessoal e coletiva, nestes tempos que se avizinham tenebrosos. Agora, mais do que nunca, veremos o que os seres humanos valem, e quem merece caminhar a nosso lado. Que nos acrescenta. Que nos valoriza. Que não nos larga a mão.
idades - esclarecimento
Atenção: não tenho nada contra as pessoas, que procuram outras na mesma faixa etária. Tudo é válido e cada um sabe de si. Só acho um bocado tonto, as conversas que acontecem, quando nada está escondido, ou quando nem sequer foram formuladas intenções, para além de uma amizade, ou de uma conversa para passar o tempo.
Tendencialmente, prefiro pessoal mais novo que eu (máximo 7 anos de diferença), sendo que isso nem sequer é uma regra absoluta. Mas tenho essa preferência, porque apesar de já ter 44 anos, comecei tudo muito tarde (a virgindade só se foi aos 28 e o primeiro namoro aos 29), e então, mentalmente, sinto-me um pouco ainda mais "atrasado" em maturidade sentimental gay. Seja lá isso o que for. Ou melhor, com pessoas mais velhas que eu, e mais experientes, sinto-me um pouco atrás, e sem capacidade de as acompanhar, até porque já passaram mais etapas do "jogo" e avançam logo para outros níveis, que eu ainda não me sinto preparado para "jogar". Da mesma forma, que com pessoal muito mais novo que eu, 30's e por aí, coloco logo uma barreira porque são muito novos. Muitos deles nunca tiveram uma fase de putice, e há sempre o risco de isso acontecer de um momento para o outro. Se estou a ser preconceituoso? Talvez. Mas gato escaldado...
E sim, eu sei que há pessoas com 32 anos, que têm mais maturidade do que pessoas com 44. Que tudo depende do nosso percurso de vida, das nossas experiências - sentimentais e outras, dos dramas que vivemos e da maturidade que adquirimos com isso tudo. Mas... ainda assim, eu fico sempre de pé atrás. Por isso, e por outras coisas, entendo perfeitamente a "fronteira" da idade, que algumas pessoas têm. Só não percebo a falta de coerência. E de noção.
idades
Demos match no Tinder, eu com 44, ele com 32, e a interação seguinte, foi mais-ou-menos assim:
- Ahahaha Desculpa, mas eu procuro um relacionamento e tu já és um bocado velho.
- Percebo. Mas eu não te pedi em namoro, além que de momento só procuro amigos.
- Sim, mas 12 anos é muita diferença de idade. Procuro relacionar-me apenas com pessoas mais novas.
- Ok, mas eu não procuro namoros agora, nem contigo.
- Com pessoal da tua idade, só costumo dar umas voltinhas.
Sim, eu mereço.
Estou farto de gays.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
amor barato | david afonso
O BenidormFest está à porta, e ando a ouvir em loop as canções a concurso. Já tenho algumas favoritas, e uma delas, é esta: Amor Barato. É uma canção, a atirar para uma rumba, boa para dor de corno (AHAHAH), e fácil de acompanhar o cantor na letra - Por una cariciaaaaaaaaaaaaa Y una noche mássssssssssssss!
E sim, eu faço shows no carro quando estou a ouvir esta canção - AHAHAHAHA.
Julguem-me, quero lá saber.
desabafos
Odeio este mês de janeiro, que tem mais de 90 dias, e nunca mais acaba.
Ainda por cima, só recebo o salário para a semana. Na terça-feira.
#desabafos
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
planos
No turbilhão da vida, que nos últimos tempos só me tem entregado merda, vivo um dia de cada vez. Contudo, nos últimos dias, tenho pensado no meu futuro. De momento, não quero relacionamentos, e quero viver um pouco da "solteirice", que já não tinha há décadas, e talvez um bocadinho de "putice". Não era a canção da outra que dizia "eu quero ser puta, ohohohoh, eu quero ser puta ohohoho" ? - eu sei que não é, é mesmo "eu quero ser tua", larguem-me, e please, deixem-me fazer algumas piadas parvas, que continuo combalido do coração.
Mas avancemos.
Este ano farei 45 anos. Estarei velho, mais velho, mas espero que em bom. Um velho da lancha, vá. Mas sem lancha. E sem dinheiro. Pobre. Falido. Um daddy, mas sem filhos. Solteiro, mas não sozinho. Destruído, mas não derrotado.
Seja como for, a vida é muito curta (ainda ontem tinha 30) e eu preciso de um plano de ação rápida. De decisões. De ações. De concretizações. De atalhos, para uma qualquer felicidade.
Embora, quando questionado pela psicóloga, de como me via daqui a 10 anos, tenha ficado sem resposta, sei que não vou conseguir estar assim para sempre. Perdido. Desorientado. Apenas a viver o momento, esperando pela hora de dormir, para acordar depois e repetir tudo novamente.
Bom, mas voltando ao meu futuro, quero antes dos 46, ter estabilizado o coração. Ter tido diversão sexual q.b., e ter reduzido as dívidas para metade. Ter encontrado alguém decente, "conservador" como eu, e que queira casar. Sim, agora quero muito casar, e apresentar uma pessoa que seja excecional, fora da caixa e com responsabilidade sentimental assumida, aos meus pais. E quero, no máximo, até o final de 2026, decidir se os filhos vão acontecer, ou não. Eu quero encontrar alguém que queira o mesmo. E que queira ter uma casa comum. Uma responsabilidade comum. Uma vida em comum. Bem sei, que fazer planos e correr tudo mal, é o meu mantra, mas sem objetivos é que nada acontece mesmo. E farto de gente que não vale nada, de gays, de Popstar's, de gente que vive só de engates, estou eu. Quero algo diferente, e para isso, vou ter que fazer algo diferente. Tenho neste momento, um ano e meio - sim, estou tipo relógio pólis - e tenho de ir a correr atrás do prejuízo. Mas sem desespero. Até porque me sinto tranquilo e nada desesperado. E como acredito que "quem procura, acha", e que "quem muda, Deus ajuda", estou na fé e no foco. Veremos.
Posto isto, no final do ano, vou começar a distribuir uns panfletos a dizer "quem quer casar com a carochinha". Vou fazer o layout e abrir castings em dezembro.
janeiro
Assumo o atraso, mas não tenho tido tempo para nada. Mas ainda estamos em janeiro, e ainda venho muito a tempo. Até porque este mês tem mais de 90 dias. A minha conta bancária que o diga. Berra todos os dias, como uma cabra perdida na serra, porque o dinheiro cada vez é menos.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
gajos
Seguia um dentista muito giro, de olhos claros, no Instagram. De vez em quando, metia-me com ele, e reagia a algumas stories, sendo que ele nunca me dava grande conversa - verdade seja dita. Está no direito dele e eu aceito isso. Até porque não sei se estava solteiro, ou não, se achava piada às minhas parvoíces, ou não, ou se tinha algum tipo de interesse em manter contacto comigo, ou não. Também nunca levei, ou tentei levar, a conversa para dates e assim, para a badalhoquice ou para a minha versão + atrevida.
Contudo, ontem, estava aborrecido e resolvi abrir o Tinder. Arrasta para a esquerda, arrasta para a direita, perfil vazio, perfil sem interesse, e esbarro no tal dentista e pensei: que se foda, vou dar "like". E dei. E ao dar, deu "match" - e eu fiquei surpreendido. Tipo, wowwwwwwww. Quem diria?
Como não gosto de colecionar correspondências no Tinder, mandei mensagem a dizer: "olá, tudo bem?", tendo recebido como resposta um "block" ou a anulação do "match". Ainda não percebi qual foi. E eu pensei para mim próprio, "tudo bem, deve ter-se enganado, acontece". O importante é estarmos felizes e assumirmos as nossas escolhas.
Então, também resolvi ir ao Instagram e removê-lo de seguidor, tendo deixado também, de o seguir. Não sei se vou dar um ar de ressabiado, ou ofendidinho, mas acho que se não se sentiu confortável - e atenção, está no direito dele - não precisa de colecionar fãs. Muito menos eu, que sou um mini-milk de gente.
o misterioso do grindr
Pronto. E assim termina a "história" com o Misterioso do Grindr, só porque fui passar o ano ao estrangeiro e fui a uma festa. Ou seja, deixou-me de falar porque não devia ter ido. Porque ele não queria que eu fosse estar com "gajos".
Estamos a falar de uma pessoa que:
- Não me é nada - nem sequer amigo se pode considerar;
- Está dentro do armário e não me deixar segui-la nas Redes Sociais;
- Manda fotografias cortadas da cara e em modo temporário no WhatsApp;
- Exige coisas, que nem os meus amigos exigem;
- Tem medo de falar ao telefone;
- Só quer que eu me comprometa com coisas e que vá ter com ele não sei onde.
Foda-se.
Odeio gays.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
calendário blogosférico | 2025
2025
Bom, cá estamos, não é verdade? Mais um ano, mais resoluções e tal (não fiz nenhuma), e mais drama. Much more drama. Pensei, muito sinceramente, que isto com o tempo fosse mais fácil, mas não está a ser. Estou mais confuso, mais perdido e mais caótico. Mais baralhado, mais sem foco e sem a concentração necessária, para tentar perceber o que quero afinal para a minha vida. Sim, os nossos sentimentos não acontecem através de um botão de ligar/desligar, nem se conseguem arrancar do coração de um dia para o outro, ou até mesmo, fabricar à pressão por outra pessoa.
Resumo da minha vida nos últimos meses, foi a minha passagem de ano. Ou seja, e numa única palavra: caos. Podia ter tudo corrido tão mal (para a minha integridade física), mas que no final, acabou por correr tudo bem - não fiquei sem rins, não levei um soco, não fui assaltado, e as figuras tristes que fiz, aconteceram num país estrangeiro, sem ter ninguém conhecido a assistir. Meu Deus que degredo. Também não me lembro de tudo o que fiz, mas também não me quero lembrar - ou relembrar. Credo. Não sou aquela pessoa. E não estou assim tão carente. Estou "apenas" triste.
Mas pronto. Passou. Fez-se. E espero não voltar a repetir.
Seguimos agora na programação habitual.
Feliz 2025 para todos! Que tenham muito sucesso e alegria nas vossas vidas!
Nota: Vou tentar acabar o Calendário Blogosférico esta semana, que ficou em stand by, porque não apanhei o autocarro para a Vila Nova da Noção.