Continuo a ouvir este podcast, e estou no episódio "Infidelidade: o fim ou reforço de uma relação". De facto, ouvir certas coisas, através de outras pessoas, faz-nos ver que o mundo não é preto e branco, ou sim e não. E existe uma multiplicidade de soluções, de relacionamentos, de vidas, que não são certas ou erradas. São o que são.
Mas seja como for, existem fios condutores comuns a todos os comportamentos. Ou seja, ser honesto. Sempre. Conversar. Sempre. Apresentar factos, desejos, vontades, e "negociar" com a pessoa com quem se resolveu partilhar uma vida. Acima de tudo, há que aplicar o conceito de honestidade, de forma franca, primeiro em nós, para saber o que queremos efetivamente, e depois aplicar sobre tudo o resto. Falar. Ser maduro. Crescido. Assumir as responsabilidades do que fazemos. E depois, é não quebrar o acordado, as regras, aquilo que foi decidido por ambos, e não pensar, que só porque achamos que o que ninguém sabe ou saberá, mal não faz. Faz sempre. Sempre.
Antes de se fazer qualquer coisa, há que pensar "será que ele/a ficar magoado"? Se a resposta for sim, então não devemos fazer. E se o fizermos, teremos que contar e assumir as consequências. Porque a vida é feita de escolhas e de consequências. Esconder, mentir, omitir, fingir que não aconteceu é meio caminho andando para que um relacionamento termine. Não pela infidelidade, mas pela parte da confiança (ou falta desta), da lealdade e sobretudo da incapacidade de se colocar no papel do outro. De querer algo de forma unilateral ou narcisista.
E apesar de ser tendencialmente monogâmico, acredito hoje, que existem sempre formas de quebrar essa monogamia, mesmo sem querer, sendo que a diferença estará na honestidade com que se enfrentam essas situações. E se não formos capazes de ser sinceros, cumprir as definições de determinado relacionamento (ou se quisermos alterá-las, e não tivermos coragem de o dizer), colocar em causa a outra pessoa "só porque sim", então vale mais fazer as malas e partir. As pessoas merecem respeito e têm direito à sua dignidade.
Mas oiçam o episódio, que é muito mais do que escrevi aqui.
Ahhhh e em "O desejo e as relações extraconjugais", fiquei a saber que tenho cabeça de "gaja". Isto é, quando me interesso por alguém, ou no limite, que se cometer uma traição, isso quer dizer que já parti para outra. Ou seja, o relacionamento acabou... porque para mim, infelizmente (ou felizmente), sexo não é só sexo.
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