segunda-feira, 4 de novembro de 2024

blogogaysfera

Há quem defenda que a blogosfera, ou no nicho concreto da blogogaysfera, é como a eurovisão. Ou seja, fazes-me uma visita a mim, eu retribuo. Deixas-me um comentário, aqui e acolá, e lá vou eu, comentar por obrigação, ou educação. Se calhar, quem diz que isto existe, pretende dizer que afinal na blogo são é todos versáteis, e que toda a gente gosta de tudo. Ou de toda a gente. Ou de tudo de toda a gente. Whatever.  

Pessoalmente, eu comento o que quero, e leio os blogues que quero. Não me sinto obrigado a nada, nem estou aqui a fazer fretes. Talvez a capa do anonimato, me dê mais liberdade para ter este comportamento. Talvez porque tenha a mania que sou rebelde. Ou talvez ache que tenha personalidade. Não sei. Sou apenas assim. E gosto de ser assim. No fundo, prefiro ser mais agregador, do que conflituoso. 

Contudo, o que já verificava antes de abandonar este projeto, verifico hoje também. De 2019 para 2024, a imensa blogosfera, deixou-se contaminar com o que já se passava, e continuar a passar, nas outras redes vizinhas. Intensificou o ódio, a mesquinhez, as "bocas", os ressabiamentos e acima de tudo a falta de caráter. O que é uma pena. Porque se este é um espaço de partilha, e pode fazer a diferença na vida de alguém (acreditem que faz), porque o queremos transformar em algo horrível? Porque queremos maltratar alguém só porque sim? Eu sempre considerei desnecessária a gratuitidade de um comportamento, só porque sim. Só porque resolvemos embirrar com uma coisa, ou pessoa, só porque sim.  

Eu sei, que todos temos fases menos positivas na vida, e durante esse período, andamos revoltados, raivosos, com vontade de mandar para o caralho o mundo inteiro, mas quando esta coisa momentânea, se torna, efetivamente, prolongada no tempo, e ficamos assim, meses e anos, parece-me que devemos pensar na nossa vida. Isto é, queremos mesmo ser essa pessoa? Ter esse comportamento? Ser sempre assim? Para mim, parece-me extenuante. Parece-me cansativo. 

E não quero que pensem, que estou a escrever isto para mandar "recados" a alguém. Porque o que tenho de comentar, comento no sítio próprio (como já o fiz), mas verifico que estes comportamentos se tornaram tendência. E acima de tudo, "normais". Quando não deviam de o ser. 


4 comentários:

  1. Olha, como sabes já sou um velhote nisto da blogo (embora na vida real ande nos 30s).

    Conheci do pior da natureza humana aqui na blogo, e digo pessoalmente mesmo. Como não sou de fazer fretes, digo os nomes: Margarida (fulana insuportável, mais falsa que uma moeda de 3 euros, intriguista); o adolescente gay (que de adolescente não tem nada; é um gajo com mais de 30 anos que teve a lata de se apropriar de um projecto meu aqui da blogo) e o João Roque, um tipo arrogante, intolerante, um velho que se achava algo de especial, e que além disso tinha muitíssimo mau hálito (não resisti). Conheci-os pessoalmente e foi um erro.

    Também conheci o Francisco. Estive muitas, muitas vezes com ele. Tem lá as suas coisas, mas acredita em mim, é um tipo humilde, simples. Um bocado extremista, mas pronto, ninguém é perfeito. E não o estou a defender, nem ele precisa.

    Depois tive também um stress aqui e ali com outras pessoas da blogo, mas isso ficou no passado e até fizemos as pazes (por isso não refiro nomes). A blogo é um reflexo do que temos na sociedade.

    Mark

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    1. Mark: da blogo, ao vivo, só conheço duas pessoas. Uma que já conhecia no meu tempo do meu blogue de 2008, e a outra já deste, que encontrei numa festa. De resto mais ninguém, e sempre evitei encontros de bloguers, não só porque queria preservar o meu anonimato, mas também, porque entendi sempre que esse processo devia ser mais natural e menos "obrigatório". Além disso, demoro sempre imenso tempo a ter a confiança necessária para dar esse passo. Quanto mais conhecer várias pessoas ao mesmo tempo.

      Posto isto, sei que existem por aqui, pessoas fixes, boas, neutras, más e péssimas. Como em todo o lado, aliás. Mas acho também, como acontece no X (ex-twitter), que algumas pessoas como não dão a cara, e vivem do anonimato (o seu lado perverso), julgam que podem tudo. Difamar. Injuriar. Insultar. E tudo aquilo que de bom poderia vir da blogo, acaba por transformar este universo muito próprio, em algo semelhante ao recreio da escola, cheios de bullies. E acho que ai não há necessidade.

      Também há um bloguer dos que referiste, que me deixou um pouco "revoltado" e deixei de o comentar. Porque não publicava todos os meus comentários, e se era para isso, bom, deixei de comentar e visitar o blogue dessa pessoa. Além disso, comporta-se como uma pequena diva, cheio de mania, e às vezes um pouco mal educado, quando acho, que neste micro cosmos, divas, só mesmo a Pipoca Mais Doce. Bom, adiante. Na blogosgaysfera, nem tudo é bom, nem tudo é mau. É o que é, e cabe-nos escolher.

      Um abracinho!

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    2. Bem, há anos que não comentava através dum PC. Nem acredito que vou ver o meu nome num comentário (yaaay).

      Até te conto o que se passou. É tão ridículo. Eu nem nunca fui uma pessoa pro-activa na blogo, no sentido de passatempos e coisas dessas (como tu e o Sad Eyes, por exemplo), mas, como gosto muito do Natal, comecei a organizar jantares de Natal. Num ano, lembrei-me de convidar o tipo -esse tal "adolescente gay"- por se queria colaborar comigo. Na altura já o conhecia de ter saído com ele e outros bloggers.

      Não é que o tipo, depois do jantar, foi publicar no blogue dele que a ideia e a organização tinham sido dele? Assim, do nada. Omitiu-me completamente, quando fui eu a tê-lo convidado, por simpatia, para convivermos algo, sei lá, para ser uma coisa gira.

      Foi uma atitude lamentável. Hoje rio-me porque já se passaram muitos anos, ahaha, mas é para que se veja como é a natureza humana. Por uma mesquinhice, comprou uma briga comigo. Já para não referir que o tipo se achava uma maravilha de organizador, o melhor blogue gay da blogosfera (sim, dito por ele). Quando o conheces pessoalmente, apercebeste-te do porquê. É um tipo feio, sem estilo, inseguro, e que portanto necessita de se armar e de "roubar" as ideias dos outros para progredir. E olha, nem assim, que tem o blogue morto.

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Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...