Por causa do “post” do Aaron, do blogue Rapaz a Limpo,
resolvi contar a minha primeira ida a uma discoteca “gay”.
Sempre disse que “odiava sítios gays”, que “detestava
discotecas gays”, que “tanto homem junto me fazia confusão”, que “não tinha
nada a ver comigo”, que “aqueles sítios eram locais de engate puro e duro” e
talvez pensasse, que lá no fundo era tudo “um filme porno ao vivo”.
Bom, antes de mais, devo dizer, que a muito custo, há meia dúzia de anos
atrás, numa noite de Dezembro, antes do Natal, um amigo meu convenceu-me a ir a
locais de diversão noturna assumidamente “gays”. Comecei logo a imaginar que
não havia pecado maior, do que aquele que estava prestes a cometer
(LOLOLOLOLOL) e que iria arder nos confins do inferno (LOLOL). Mal por mal, que
fosse, sempre preferi o calor ao frio.
Primeiro, estivemos no
Bairro, na "zona da esquina" e lembro-me, que estava sempre stressado a pensar e “se
alguém me vê” e “se alguém me vê” e “se alguém me vê” (LOL) – não é a que “coisa" esteja ultrapassada, mas já convivo melhor com isso (LOLOL).
Depois dos copos
iniciais, lá fomos nós para o “buraco”. Aliás, estreia em Lisboa só poderia
ocorrer num determinado sítio, não é (Trumps)? O meu amigo, já estava farto de
lá ir, pelo que conhecia
os cantos à casa. Eu, pessoalmente, só conhecia a Rua da Escola Politécnica e o
Largo do Rato.
À porta, ficámos ligeiramente à espera na fila, mas entrámos sem
preocupações de maior, porque não tinha muita gente. Eu, absorvia todos os
pormenores à espera de ficar escandalizado.
Bom, já tínhamos entrámos,
não era? Então adiante.
Deixámos os casacos no bengaleiro e descemos. Não fui à casa de banho,
mesmo “apertadinho”, porque sei lá “o que se poderia passar naqueles sítios” – (LOLOL) hoje já sei, que entre muitas coisas, se faz “xixi” (LOLOLOLOL).
Descemos as escadas e entrámos na pista de dança.
“woowwww” – não tinha nada a ver, com o que tinha
originalmente pensado – LOLOLOL as ideias pré-concebidas que temos, cortam-nos
a capacidade de conhecer e de evoluirmos um pouco. Atualmente, olho para trás, e vejo
o quão ridículo fui. É uma disco, certo, mas com muito homens e engate entre
homens? Sim, certo. Mas vão ao Plateau ou ao Docks, no sábado à noite e podem
muito bem ver o engate “str8” que por ai há. E muitas vezes, muito mais
agressivo que o engate gay, e digo-vos isto, porque já tive mais próximo de
andar à porrada em locais de diversão “heteros” do que “gays”. Os homens quando
querem molhar o pincel são super insistentes, mesmo quando as nossas amigas
dizem “NÃO” e conseguem ser agressivos e forçar situações, que se não estivéssemos
por lá, poderiam acabar mal.
Enfim, a meio da
noite, depois de ouvir a batida das duas pistas, optei pela maior, porque tem a
música que faz mais o meu estilo, até que não aguentei mais e disse para o meu
amigo:
- Desculpa, mas tenho mesmo que ir à casa de banho.
E fui. Subi as
escadas a passo de corrida. Na “viagem” passam dois rapazes por mim, no
sentido inverso ao do meu movimento, e um deles olha para mim, ao mesmo tempo
que diz para o outro:
- Era um homem destes que eu queria para mim.
LOLOLOLOL Resultado, ainda cheguei mais rápido à casa de
banho, porque fiquei super envergonhado. Isto de receber elogios de homens,
para quem não estava habituado, é dose!
Lição a retirar desta
experiência: se estás “apertado” vai logo à casa de banho, porque não vale a
pena deixar a bexiga a sofrer, além do que ficas com barriga e com um ar incomodado!