Dizem, que os amigos
são a família que se escolhe. Dizem, que quando sinceros, duram uma alma
inteira. Vivem uma eternidade. E quem os tiver, tem a maior riqueza do mundo. E
ao escrever isto, consigo esboçar um leve sorriso onde mostro os meus dentes
brancos, polvilhados com aquela inocência infantil de quem descobriu o óbvio.
De quem sente o seu coração apaziguado, quando pensa em alguém que lhe quer
bem. Alguém como tu.
Dentro de ti jazem alguns
dos meus segredos, como aquele nos unirá para todo o sempre. O de 28 de Janeiro
de 2012. Onde, por minha causa, saíste a meio de uma peça de teatro. Vieste com
o teu namorado ao meu encontro. Viste-me chorar. Fizeste o que podias. Vi nos
teus olhos a inércia e sei, que te sentiste impotente. Mas isso hoje não tem
importância porque já passou. Já se ultrapassou grande parte do problema,
sabendo que sempre estiveste para, e por mim. E isso não se paga. Não se
devolve. Aceita-se. Agradece-se baixinho, como que debitando uma reza ancestral
perdida nas horas. Crava-se o teu nome no meu coração, sabendo que uma amizade
pura e desinteressada sobrevive a ataques nucleares de intrigas, omissões ou
até mesmo, a outros afetos ancestrais. Sei que não exigirás nada em troca,
porque nada disso tem preço ou valor. Nada disso é cobrável. Nada disso é
material.
E por tudo isto, e
por tudo mais, não podia deixar fugir esta data. O dia que marca a tua presença
terrena. Onde fazes trinta registos nesse livro, intitulado vida. Que comporta
uma chama que se quer duradoura. Feliz. Assertiva e espontânea. Plena. Portanto,
não podias ficar fora deste meu pedaço. Desta entranha anónima, mas sincera.
Não podias ficar à margem deste meu percurso. Deste meu diário de parvoíces, frustrações,
risos e choros… simplesmente porque fazes parte da minha vida. De mim. Daquilo
que sou. E daquilo que fui algures.
Adoro-te.
Muitos Parabéns e um dia muito Feliz.