E depois de ler tudo, digam lá que não é inspirador! Ah e não "traduzi" as respostas do Paulo. É tudo português.
Bom domingo!
Namorado à Segunda-Feira: Este é o início da semana. Para iniciar esta “conversa” pergunto: quem é o Paulo Roberto Figueiredo Braccini?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Bratz Elian em BlogsVille – é um “jovem” Senhor de 64 anos, caminhando para os 65. Sou de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais - Brasil. Formado em Medicina Veterinária, profissão que me ajudou a ganhar o pão de cada dia. Também graduado também em Filosofia, no caso, por amar este segmento do conhecimento. Um cara simples, descomplicado no possível, em relação estável homoafetiva com Wanderley Elian desde 26/09/1974 e homologada legalmente em 30/03/2012.
Em BlogsVille desde 19/07/2007, onde busquei e busco, conectar-me com pessoas interessantes. Várias pessoas conheci, umas se perderam no tempo, outras persistem, umas virtualmente outras adentraram meu mundo real. Foram e continuam sendo vivências fantásticas. Hoje, meus melhores amigos foram descobertos e conquistados em BlogsVille.
Meus gurus de vida são Friedrich Nietzsche e Jean Paul Sartre. Dirão, como pode isto? Respondo: Busco uma síntese dos dois.
Creio que isto me define bem:
“O gosto de minha morte na boca deu-me perspetiva e coragem. O importante é a coragem de ser eu mesmo. ”
“Sou mais versão do que fato, bem mais talvez que decerto; indecifrável retrato, num álbum jamais aberto. Nunca fui Sol, só deserto. Só fui supérfluo e aparato. Trago um discurso barato onde me finjo liberto. Solenemente abstrato, sou bem mais longe que perto. ”
Motivo de orgulho: Viver!
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado à Terça-Feira: O Paulo conheceu o seu companheiro /namorado /marido /príncipe encantado (riscar o que não interessa rs) numa sessão espírita. Quem encarnou quem (rsrs)? Quem abordou quem? Quem se revelou mais difícil?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Sim! Conheci o Elian, meu companheiro, namorado, marido, príncipe encantado, em um centro espírita, em Maio de 1974, quando eu e ele vivíamos um momento extremamente difícil com a saúde de nossos pais. Eu cheguei por lá, levado por uma tia, sentei-me e, logo depois ele chegou e sentou-se ao meu lado. Aí tudo começou. Tornamo-nos amigos de imediato. Ele se apaixonou rapidamente e eu um pouco mais comedido e na minha. Aos poucos ele foi me ganhando e, em 26 de Setembro do mesmo ano, eu o pedi em namoro.
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado à Quarta_Feira: O Brasil foi descoberto numa quarta-feira, a 22 de abril de 1500. Durante muito tempo sempre existiu uma celeuma entre o país colónia e o país colonizador, ou seja, parece que havia (ou há) uma síndrome de inferioridade por parte de um lado e de indiferença por parte de outro. Sinceramente, nos dias que correm, isto faz sentido ainda?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Que interessante, não sabia que o 22 de abril de 1500 coincidiu de ser uma Quarta-Feira. Creio que já viramos a página desta dualidade que, com certeza, esteve presente e marcou a história de Portugal e Brasil. Se não viramos, já deveríamos ter virado. De minha parte sim. Tive a oportunidade de viajar e visitar alguns países e deixo aqui o meu registro: Se amei Nova York, Paris e Buenos Aires, definitivamente encantei-me por Lisboa e sua gente. Portugal é um país que, com certeza está na lista de minhas prioridades de volta para um conhecimento mais profundo de sua história, sua cultura, seu povo. Dos países que conheci na Europa, em que pese toda a fama do Italianos [olhe que sou neto de Italiano], os homens Portugueses são os mais “giros”, os mais belos, os mais gostosos, os mais tesudos [rs].
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado à Quinta-feira: O Brasil é conhecido mundialmente pelas telenovelas, pelo carnaval, samba e futebol. A ideia de se tinha do país é que sempre foi pouco conservador, contudo, foi (e é por vezes) um escândalo sempre que dois homens ou duas mulheres dão um beijo na boca na televisão nacional. É motivo para tanto?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: O Brasileiro meu caro amigo, é um povo extremamente conservador. Ele se extravasa no carnaval quando, chega mesmo a perder a compostura. Mas no dia a dia, em seus valores, é muito “careta”. Digo mais, ele é meio “hipócrita”. Assiste com naturalidade a todas as permissividades exploradas pela mídia, mas não aprova, em sua vida mais íntima, estas permissividades. Hoje, com a proliferação das seitas Evangélicas, a coisa vem piorando e muito. Um registro: Sou um brasileiro atípico, pois não gosto de futebol, não gosto de novelas mas amo o carnaval bem permissivo. [rs]. Definitivamente não sou puritano e muito menos hipócrita.
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado à Sexta-Feira: O que faz o Paulo numa sexta-feira à noite?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Normalmente fico em casa com meu “príncipe” Elian. Neste dia, normalmente jantamos de forma diferenciada e mais elegante, mas em intimidade. Registro que o Elian é uma verdadeira “Tia Anastácia”. Ótimo em forno e fogão.
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado ao Sábado: Se pudesse mudar algo na vida, o que seria?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Eu luto pelo fim do que creio ser o maior de todos os defeitos dos homens: a HIPOCRISIA. Se fossemos menos hipócritas, com certeza, a maioria dos problemas que afligem nossas vidas não existiriam.
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Namorado ao Domingo: Muitos sabem que o Paulo tem uma relação estável há vários anos. Qual é o segredo? Nunca pensaram os dois terminar o relacionamento? Como foi lidar com as dificuldades? E a família? Como é a vossa relação no universo familiar de ambos?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Qual o segredo da felicidade? Se isto tivesse receita não existiria a infelicidade. O que sempre buscamos ao longo destes mais de 40 anos de relação, foi encarar tudo como um projeto a ser construído e reconstruído dia a dia. Não é fácil com certeza. Problemas e dificuldades tivemos, temos e teremos sempre, mas nada que, com o companheirismo, a cumplicidade, a determinação, a lucidez não possa equacionar e superar. Temos clareza que o Bratz é um EU com sua vida, suas carências, sua história e que, o Elian é outro EU com as suas peculiaridades também. Nada deve ser anulado, negligenciado ou sublimado neste contexto. O que cabe para a construção do NÓS é, dentro desta dualidade de seres, projetar uma vida a dois onde caiba estes três elementos: o EU Bratz, o EU Elian e o NÓS Bratz&Elian.
Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini
Podem saber mais sobre o Paulo aqui:
Blogger: http://paulobraccini-filosofo.blogspot.pt/