terça-feira, 28 de julho de 2015

blogue de esquerda

Considerando as próximas eleições legislativas de Outubro próximo em Portugal, e não esquecendo os ataques da direita parlamentar durante a legislatura aos "direitos" lgbt (que no fundo não são direitos, mas sim uma questão de igualdade plena de todos os cidadãos), julgo que não existe margem de manobra para grandes aventuras. São nestas situações (de eleições) que temos de escolher quem está connosco (porque que não o tiver, está contra nós) e perceber que uma nova maioria de direita trará consigo um maior retrocesso civilizacional. Isto é, não existe o garante que as coisas que atualmente se encontram legisladas (como por exemplo o casamento entre pessoas do mesmo sexo) não voltem a ser alteradas para outra coisa difusa (veja-se o que fizeram na questão da interrupção da gravidez), obrigando quiçá, a que homens e mulheres que queiram casar com homens e mulheres, respetivamente, se vejam obrigados a "consultas" prévias para aferir se efetivamente são gays, lésbicas, etc., levando também nessas sessões, com uma dose de catolicismo, da definição pecado e de procriação. Portanto dia 4 de Outubro não temos outra outra hipótese, a não ser votar em partidos de esquerda. E eu assumo isso. E assumo também, que este blogue é sem dúvida: um "blogue de esquerda".

Fonte: Namorado

segunda-feira, 27 de julho de 2015

apeteceu

Nunca mais vou de férias, estou aborrecido e Portugal prepara-se para parar no mês de Agosto (já esteve em preparação no mês de Julho). Ah e a tão badalada festa da SIC no Algarve foi tão parola que meteu dó. Até as festas em Sitges ou de Barcelona, do gay circuit ganhavam àquela bimbalhada. 

sábado, 25 de julho de 2015

ibiza - as praias

Hoje não fiz rigorosamente nada. Quer dizer, dormi, comi e vi filmes. Estava a precisar de um sábado assim de "internamento", enquanto não chegam as férias. Tenho acompanhado, com alguma inveja, este período de não se "fazer a ponta" da malta, pelo Facebook e custa-me um bocado pensar que ainda me falta mais de um mês. Assim, dos destinos mais engraçados, e que me fizeram ter alguma saudade do passado, vi que uma colega minha de curso anda por Ibiza. Depois de vencer um cancro da mama, ela merece. Aliás, se há sítio melhor para espairecer e que seja perto, para mim, sem dúvida que é Ibiza. Isto é, para quem gosta de sol, praia, água morna, gente diferente (e gira!), de ambiente cosmopolita, de cidade e de campo, de festas, daquele engate ligeiro (e do mais hardcore também) e de viver. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

estado islâmico

"Foi em janeiro que o autodenominado Estado Islâmico (Daesh) começou a pôr na internet vídeos de homens a serem atirados de prédios. No repertório já bastante diverso da sua criatividade assassina, aquela forma de execução tem uma mensagem específica: serve como demonstração última do ódio votado aos homossexuais. A mensagem é reforçada pelas circunstâncias que normalmente acompanham a cena. No solo onde a vítima cai costuma estar uma multidão que aplaude o ato e, se necessário - isto é, caso a vítima ainda esteja viva -, conclui a tarefa utilizando pedras.

(...)

Identificado apenas como Taim, com o rosto desfocado e falando através da voz de outra pessoa para proteger a sua identidade, é um estudante médico de 24 anos. Filho de um homem profundamente religioso que se depreende ter um certo estatuto na comunidade, percebeu que era gay por volta dos catorze anos. Como achava moralmente errado, assim que entrou para a universidade decidiu tratar-se. Mas a terapeuta deu-lhe um conselho bem-intencionado que se revelaria trágico: que ele procurasse apoio junto dos amigos.

(...)

Taim tinha amigos cristãos e um outro jovem chamado Omar começou a criticá-lo. As discussões explodiram em confronto e a certa altura alguém disse a Omar para não ser demasiado duro com Taim, pois ele andava em tratamento. Tratamento para quê? Assim que Omar foi informado, a vida de Taim mudou. Primeiro foi atacado a caminho de casa. Omar e dois amigos deitaram-no ao chão e raparam-lhe o cabelo, prometendo fazer pior a seguir. Ele esteve algum tempo sem ir à universidade, mas quando voltou teve outra discussão com Omar - dessa vez sobre se os cristãos deviam pagar tributo aos muçulmanos, como o Daesh exige - e foi selvaticamente agredido na casa de banho.

Já não havia retorno. Omar acabou por aderir ao Daesh e instou Taim a acompanhá-lo, como prova de arrependimento. Taim recusou e pouco depois apareceram em sua casa recrutas do Daesh a exigir aos pais que o entregassem, pois era um infiel e homossexual. O pai disse que ia investigar o assunto e no dia seguinte daria a resposta. Chegou ao pé da família e começou aos gritos, prometendo ao filho que ele próprio o entregaria, com gosto, se aquilo que diziam dele fosse verdade. Taim ficou extremamente confuso, mas a sua mãe compreendeu logo o que tinha de ser feito.

(...)"

Notícia aqui.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

aviso

Atenção, atenção!

Hoje e só hoje, a Toys R Us (não confundir com Boys R Us, como certos cromos lolololol) está com uma promoção de 40% nos legos. Para quem ainda não me comprou a prenda de aniversário, ou quer já poupar na minha prenda de natal, faça o favor de ir a correr! Aceito tudo, mas se me derem da série "architecture" ficarei muito grato (não, não faço nada em troca lololol). 

Obrigado pela atenção dispensada, mas deixem lá isto e não percam tempo. 

Go, go, go, go, go!


Fonte: Facebook

quarta-feira, 22 de julho de 2015

problema de expressão

Pronto, mais uma vez não me expliquei bem. No desafio que lancei ontem aqui esperava que para cada imagem houvesse a correspondência com um bloguer (conhecendo o que conhecemos de cada um). Assim,  deixo ficar a chave para cada imagem:

imagem 1 - pensei no Goody
imagem 2 - pensei no Super
imagem 3 - pensei no Limite
imagem 4 - pensei no Miguel R
imagem 5 - pensei no Horatius (mas também podia ser a Sam)
imagem 6 - pensei no Coelho (e esta era a provocação)


Mas como a malta é lambona, e ninguém percebeu o que foi lançado, começou tudo a escolher gajos. Amigos, eu não dou nada e se querem caramelos vão comprar a Badajoz (e se quiserem um torrão vão a Alicante lolol).

terça-feira, 21 de julho de 2015

moralismo

Gosto muito das pessoas, que numa "discussão" sobre a pertinência de uma festa de aniversário para uma criança de dois anos, o único argumento que conseguem avançar é "mas em África há meninos com fome". A sério? Querem mesmo ir por ai? Então vamos lá: 

1. Não precisam de ir tão longe para se mostrarem solidários e passar uma imagem que são bonzinhos e tudo e tudo e tudo. Em Portugal também há crianças com fome (infelizmente), ou não sabiam?

2. Já que gostam de dar exemplos, exemplifiquem lá o que têm feito para combater essa desgraça? Ajudam? Como? Deixam de comer por cá para mandar para lá? Mandam dinheiro? Deixam de comprar presentes no Natal para enviar para África?

3. Qual é a alternativa? É acabar com TODAS as festas de aniversários das crianças e remetê-las a um canto de castigo porque há fome em África?

4. Portanto, não se pode fazer festas de aniversário para miúdos de 2 anos, mas podemos ter computadores, internet, eletricidade e ler blogues? Talvez porque as crianças em África não comem estas "coisas"?

5. Qual é a solução para o problema? É fazer comentários em blogues a criticar porque alguém resolveu fazer uma festa mimosa para o filho ou cagar no assunto e fazer alguma coisa para mudar o estado das coisas?


Odeio estes "portuguesinhos" moralistas da trampa, que "falam" por detrás de um monitor, mas que na prática não fazem nada e que nunca mataram a fome a ninguém. 

condenações



Toma e embrulha. 

E querem os franceses que a Itália seja um dos seis países de "governo" da União Europeia.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

desafios

Pronto. Conseguiram-me deixar com problemas de consciência (lololol). Deixo ficar aqui a resposta ao desafio do SUPER - mas fique registado que isto deu trabalho e eu não queria (lolol):

50 factos sobre mim, quando criança:

1. Sou do tempo do Dartacão, que eram de longe os desenhos animados favoritos;
2. Adorava a Hiper Disney e devorava revistas inteiras;
3. Venerava o Mickey;
4. Achava que o He-man era um gajo jeitoso. Ainda hoje acho piada a músculos (lol);
5. Não sabia atar os atacadores - hoje em dia não comento como o faço lololol;
6. Fui operado aos ouvidos porque não conseguia ouvir sons altos - principalmente do lado esquerdo;
7. Andei na terapia da fala;
8. Dancei num Rancho Folclórico; 
9. Escrevi uma carta à minha professora em que a chamei de "paspalhona" e ela obrigou-me a ler o significado perante a turma inteira. Coisa que fiz a chorar (LOL).
10. Adorava brincar aos casamentos. Reunia a malta aqui da rua e cada um trazia qualquer coisa para comer. O meu irmão era sempre o noivo e a minha vizinha a noiva.
11. Quis ter um irmão negro.
12. Queria ser peixeiro quando crescesse, porque quando a minha mãe ia ao peixe, o senhor nunca tinha trocos e ficava sempre com algumas moedas (lololol).
13. Adorava os bolos da minha avó Glória - especialmente o pão de ló. 
14. Adorava brincar com as minhas primas, embora elas sempre achassem que me sentia superior (ainda hoje o acham).
15. Odiava que o meu avô me obrigasse a apanhar batatas.
16. A brincar em casa parti o candeeiro de mármore da minha mãe, que ela tinha na mesa de cabeceira. Colei-o e "pintei-o" com produtos de maquilhagem - até hoje nunca me disse nada (LOL).
17. Com o meu primo, na casa de campo dos meus avós tirámos a roupa e andamos a esfregar-nos um no outro - beijos incluídos - teríamos 8 anos?
18. Odiava ir para a casa de campo dos meus avós porque ficava longe dos meus amigos.
19. Tinha imensos amigos. Mais amigas que amigos.
20. Era um dos melhores alunos.
21. Adorava o Carnaval e mascarar-me. Principalmente de zorro (talvez por causa da espada?)
22. Gostava imenso de jogar matraquilhos - ainda gosto, mas já não jogo há anos.
23. Adorava (e adoro) o Natal.
24. Venerava a minha bisavó Maria - que saudades que tenho dela :)
25. Gostava imenso de desenhar.
26. Desaparecia durante horas, porque ia para todas as matas aqui perto para descobrir "tesouros".
27. Construía cabanas.
28. Odiava sopa. Um dia organizei uma manifestação cá em casa com o meu irmão com cartolinas a dizer "sopa não". Não só levei umas palmadas, como comi a sopa toda. 
29. O meu irmão também não gostava de sopa, então para o ajudar, sem a minha mãe ver comia-lhe algumas colheres.
30. A nossa comida favorita (minha e do meu irmão) era o arroz "chao chao" (tínhamos uma vizinha macaense que nos fazia o petisco).
31. Era o inventor das brincadeiras na rua.
32. A minha avó queria que fosse médico. Não sou.
33. Adorava praia e andava sempre dentro de água - continuo a gostar de praia, mas estar sempre dentro de água é mentira.
34. Tentava chamar a atenção do meu pai, mesmo que ele não me ligasse nenhuma - Uma relação que nunca funcionou. Chocamos imenso ainda hoje.
35. Legos. O meu brinquedo favorito. Legos e mais legos.
36. Um dos meus maiores sonhos de criança era ir à Legoland  - fui aos 35 anos. Nunca é tarde demais para concretizar as coisas.
37. Odiava ir para a cidade grande com a minha mãe. Queria ficar sempre em casa para brincar com os meus amigos.
38. Fartei-me de "brincar" com a minha vizinha. Tirámos a roupa muitas vezes (lololol) - foi um vez com o primo e muitas vezes com a vizinha.
39. Nunca liguei a "marcas", roupas caras e afins.
40. Uma das melhores coisas era ir para o trabalho da mãe. Perdia-me com os carimbos e com as fotocópias.
41. Fugia muitas vezes para a horta do meu avô e escondia-me nos carreiros das favas ou das ervilhas e comia-as cruas. Odeio favas hoje em dia, by the way.
42. Só me deitava depois de ver o Vitinho.
43. Levei muita porrada das crianças mais velhas.
44. O meu bolo favorito era a parra - comia sempre uma quando saia do hospital.
45. Uma das minhas primeiras viagens - com recordações - foi à Serra da Estrela na carrinha dos meus primos. A banda sonora eram as "24 rosas" do José Malhoa.
46. Via o Roque Santeiro - uma das minhas novelas favoritas.
47. Por causa das novelas, sempre quis conhecer o Brasil - ainda não conheço.
48. Um dos melhores presentes de aniversário foi uma bicicleta azul e branca.
49. Adorava ter a família toda reunida no meu aniversário - porque era uma das poucas alturas que o conseguia fazer. Sempre tive o trauma de não ter uma família unida. 
50. Pensava que estrangeiro era um país.

fins de semana

"Isto" passa a correr. Quando escrevo "isto" refiro-me ao fim-de-semana. Pelo menos este passou a correr. Sexta-feira saída para o Trumps. Sábado família e ginásio. Domingo passeio com o namorado. 

O Trumps continua o mesmo. Não consigo gostar da música, ultimamente. Estava lá o "outro", que achou piada ao meu rapaz, e embora tivesse andado com as antenas com ar para ver se o via e gerava o "eye contact", teve azar. A meio da noite estava com os meus amigos a falar na pista grande e passa um homem por nós. Fala a dois dos meus amigos, e dirige-se para mim como se me conhecesse a fazer uma grande festa. O miúdo lançou-me um daqueles olhares, levanta o sobrolho e faz cara de caso. Para evitar histórias, digo-lhe ao ouvido:

- Não faço a mínima ideia quem seja.

- Hum hum. Pareciam muito amiguinhos - respondeu-me. 

- Mas não somos, nem sei quem é. Quer dizer ele até pode achar que me conhece, mas não me conhece. 

A saída não correu bem nem mal, mas confesso que já não acho muita piada a este tipo de programa, embora tivesse gostado de estar com o meu grupo de amigos. Mas como não dá para conversar, devido ao som da música, dançamos, fizemos parvoíces uns com os outros e rimos com algumas coisas. Acabámos a noitada às 6h00m. Fomos em direção ao carro e despedi-me dos meus amigos. É interessante como em mais de 10 anos as nossas barreiras caem, conforme vamos percebendo o que é a vida. Se aos meus 22 anos me dissessem, que no meu grupo de amigos iriam estar alguns mais efeminados, eu diria que era mentira e que isso nunca iria acontecer, mas a verdade é que aconteceu e eu gosto muito deles. O preconceito está na nossa cabeça e que cabe-nos combater isso todos os dias.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

perspetivas

Depois de almoço, a passear pelo Centro Comercial: 

Eu: Uma das coisas boas de ser pequeno, é que consigo comprar roupa de malta de 16 anos. Ou seja, tenho 35, mas um corpo de 16/18. *faço um sorriso malandro*

A colega: É como eu. Também compro coisas para miúdas de 16 anos, porque me servem e ficam bem. Aliás, há dias em que colocar as mãos no meu corpinho é um crime, de tão nova que pareço. 


E pronto. Desatamos os dois a rir que nem uns perdidos e os seguranças do centro comercial ficaram a olhar para nós. É muito bom sentir que não somos os únicos parvos à face da terra. 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

merkel I, a tonta

Diz a Merkel I, a Tonta, Baronesa de Hamburgo, Rainha da Germânia, Imperatriz da União Europeia, que o casamento é só entre homens e mulheres, mas que suporta as uniões civis. Amiga, camarada, palhaça, podes estar descansada, porque mesmo pensado assim eu suporto-te, apoio-te e podes contar comigo para a legalização do casamento entre pessoas como tu.*


*Inicialmente tinha escrito "orcas assassinas", mas resolvi tirar, porque até gosto de orcas e elas não têm culpa de nenhuma da minha ironia

terça-feira, 14 de julho de 2015

passatempo much, much, much underwear

E o vencedor foi o Adriano Ferreira, de Paris!

 Parabéns!

Nota: O prémio não era o menino, mas a foto é sugestiva.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

passatempo much, much, much underwear

Falta uma hora!


paez

ATENÇÃO QUE ESTE NÃO É UM TEXTO COMERCIAL!

Já falei destas alpercatas por aqui, mas agora estava no site da Paez, a ver se gostava de alguma coisa do "Stock Off" e verifiquei que para pés enormes, até tem algumas coisas giras. E como estão com desconto, achei que deveria de partilhar a minha "descoberta". Para quem gosta da marca, para quem quiser comprar e para quem gostar de ter este tipo de calçado nos pés, já sabe. #ficaadica 

Fonte: Paez Portugal


Sim, eu sei que existem outras marcas, com o mesmo feitio e muito mais baratas, mas estas, gosto de as ver nos pés dos homens. Acho que fica sexy. Mas isto sou eu que tenho algum fetiche por pézinhos (lololol).

Comprei umas Flash e correu tudo bem até tentar pagar. Ou seja, ou sou eu que sou muito loiro, ou o site não está muito bem construído, porque a referência para transferência bancária não aparece em lado nenhum. Já mandei mensagem, vamos aguardar o desfecho da "coisa".

passatempo much, much, much underwear

É já amanhã (terça-feira, 14 de Julho) que acaba o passatempo da MUCH!


Quem quiser ainda participar pode fazê-lo AQUI!



E para mim, o rapazinho mais giro é do esquerda (LOL). Mas isso agora não interessa nada.

domingo, 12 de julho de 2015

karma

Estávamos em 2011 e num jantar com amigos meus, e outros amigos dos amigos, conheci um rapaz (que ficou meu amigo). O meu namorado estava noutra parte da casa e eu meti conversa com ele, porque ele conhecia outra pessoa que eu também conhecia (sim, o mundo gay é de facto muito pequeno. Sim, há pessoas que são minhas amigas no Facebook, comentam o blogue e ainda não associaram a "coisa".) Adiante. Estava já eu preparado para "arrasar" com os comportamentos do nosso conhecido, quando o rapaz me diz:

- Olha, ele é meu amigo e o namorado dele também. Portanto, eu acompanhei a história de perto e sei bem como tudo se processou!

E eu envergonhado, porque meti a pata na poça, respondi:

- Pois, eu só conheço o "outro" lado. Aliás, o ex-namorado dele disse-me, que ele o tinha traído e só depois é que começou a namorar, quando foi apanhado. 

- É um lado da história. Mas garanto-te que não foi assim - respondeu-me. 

- Olha para mim é igual. Que sejam felizes. Mas a verdade é que ele sempre fez isso e só se relaciona com homens que lhe possam dar coisas e que tenham casa própria. 

E o assunto morreu ali. E contra todas as expectativas ficámos amigos. Aliás, ele é boa pessoa e nem sempre o que o povo diz ("diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"), é verdade. Verdade, verdade, é que estamos em 2015, o rapaz nosso conhecido acabou o namoro, não fala com o ex e anda à procura de um namorado que "tenha casa própria". Sim, que as rendas estão pela hora da morte. 

sete e ponto final - paulo roberto figueiredo braccini


E depois de ler tudo, digam lá que não é inspirador! Ah e não "traduzi" as respostas do Paulo. É tudo português. 

Bom domingo!


Namorado à Segunda-Feira: Este é o início da semana. Para iniciar esta “conversa” pergunto: quem é o Paulo Roberto Figueiredo Braccini?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Bratz Elian em BlogsVille – é um “jovem” Senhor de 64 anos, caminhando para os 65. Sou de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais - Brasil. Formado em Medicina Veterinária, profissão que me ajudou a ganhar o pão de cada dia. Também graduado também em Filosofia, no caso, por amar este segmento do conhecimento. Um cara simples, descomplicado no possível, em relação estável homoafetiva com Wanderley Elian desde 26/09/1974 e homologada legalmente em 30/03/2012.

Em BlogsVille desde 19/07/2007, onde busquei e busco, conectar-me com pessoas interessantes. Várias pessoas conheci, umas se perderam no tempo, outras persistem, umas virtualmente outras adentraram meu mundo real. Foram e continuam sendo vivências fantásticas. Hoje, meus melhores amigos foram descobertos e conquistados em BlogsVille.

Meus gurus de vida são Friedrich Nietzsche e Jean Paul Sartre. Dirão, como pode isto? Respondo: Busco uma síntese dos dois. 

Creio que isto me define bem: 

“O gosto de minha morte na boca deu-me perspetiva e coragem. O importante é a coragem de ser eu mesmo. ”

“Sou mais versão do que fato, bem mais talvez que decerto; indecifrável retrato, num álbum jamais aberto. Nunca fui Sol, só deserto. Só fui supérfluo e aparato. Trago um discurso barato onde me finjo liberto. Solenemente abstrato, sou bem mais longe que perto. ”

Motivo de orgulho: Viver!

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado à Terça-Feira: O Paulo conheceu o seu companheiro /namorado /marido /príncipe encantado (riscar o que não interessa rs) numa sessão espírita. Quem encarnou quem (rsrs)? Quem abordou quem? Quem se revelou mais difícil?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Sim! Conheci o Elian, meu companheiro, namorado, marido, príncipe encantado, em um centro espírita, em Maio de 1974, quando eu e ele vivíamos um momento extremamente difícil com a saúde de nossos pais. Eu cheguei por lá, levado por uma tia, sentei-me e, logo depois ele chegou e sentou-se ao meu lado. Aí tudo começou. Tornamo-nos amigos de imediato. Ele se apaixonou rapidamente e eu um pouco mais comedido e na minha. Aos poucos ele foi me ganhando e, em 26 de Setembro do mesmo ano, eu o pedi em namoro.

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado à Quarta_Feira: O Brasil foi descoberto numa quarta-feira, a 22 de abril de 1500. Durante muito tempo sempre existiu uma celeuma entre o país colónia e o país colonizador, ou seja, parece que havia (ou há) uma síndrome de inferioridade por parte de um lado e de indiferença por parte de outro. Sinceramente, nos dias que correm, isto faz sentido ainda?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Que interessante, não sabia que o 22 de abril de 1500 coincidiu de ser uma Quarta-Feira. Creio que já viramos a página desta dualidade que, com certeza, esteve presente e marcou a história de Portugal e Brasil. Se não viramos, já deveríamos ter virado. De minha parte sim. Tive a oportunidade de viajar e visitar alguns países e deixo aqui o meu registro: Se amei Nova York, Paris e Buenos Aires, definitivamente encantei-me por Lisboa e sua gente. Portugal é um país que, com certeza está na lista de minhas prioridades de volta para um conhecimento mais profundo de sua história, sua cultura, seu povo. Dos países que conheci na Europa, em que pese toda a fama do Italianos [olhe que sou neto de Italiano], os homens Portugueses são os mais “giros”, os mais belos, os mais gostosos, os mais tesudos [rs]. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado à Quinta-feira: O Brasil é conhecido mundialmente pelas telenovelas, pelo carnaval, samba e futebol. A ideia de se tinha do país é que sempre foi pouco conservador, contudo, foi (e é por vezes) um escândalo sempre que dois homens ou duas mulheres dão um beijo na boca na televisão nacional. É motivo para tanto?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: O Brasileiro meu caro amigo, é um povo extremamente conservador. Ele se extravasa no carnaval quando, chega mesmo a perder a compostura. Mas no dia a dia, em seus valores, é muito “careta”. Digo mais, ele é meio “hipócrita”. Assiste com naturalidade a todas as permissividades exploradas pela mídia, mas não aprova, em sua vida mais íntima, estas permissividades. Hoje, com a proliferação das seitas Evangélicas, a coisa vem piorando e muito. Um registro: Sou um brasileiro atípico, pois não gosto de futebol, não gosto de novelas mas amo o carnaval bem permissivo. [rs]. Definitivamente não sou puritano e muito menos hipócrita.

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado à Sexta-Feira: O que faz o Paulo numa sexta-feira à noite?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Normalmente fico em casa com meu “príncipe” Elian. Neste dia, normalmente jantamos de forma diferenciada e mais elegante, mas em intimidade. Registro que o Elian é uma verdadeira “Tia Anastácia”. Ótimo em forno e fogão. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado ao Sábado: Se pudesse mudar algo na vida, o que seria?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Eu luto pelo fim do que creio ser o maior de todos os defeitos dos homens: a HIPOCRISIA. Se fossemos menos hipócritas, com certeza, a maioria dos problemas que afligem nossas vidas não existiriam.

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Namorado ao Domingo: Muitos sabem que o Paulo tem uma relação estável há vários anos. Qual é o segredo? Nunca pensaram os dois terminar o relacionamento? Como foi lidar com as dificuldades? E a família? Como é a vossa relação no universo familiar de ambos?
Paulo Roberto Figueiredo Braccini: Qual o segredo da felicidade? Se isto tivesse receita não existiria a infelicidade. O que sempre buscamos ao longo destes mais de 40 anos de relação, foi encarar tudo como um projeto a ser construído e reconstruído dia a dia. Não é fácil com certeza. Problemas e dificuldades tivemos, temos e teremos sempre, mas nada que, com o companheirismo, a cumplicidade, a determinação, a lucidez não possa equacionar e superar. Temos clareza que o Bratz é um EU com sua vida, suas carências, sua história e que, o Elian é outro EU com as suas peculiaridades também. Nada deve ser anulado, negligenciado ou sublimado neste contexto. O que cabe para a construção do NÓS é, dentro desta dualidade de seres, projetar uma vida a dois onde caiba estes três elementos: o EU Bratz, o EU Elian e o NÓS Bratz&Elian.

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini


Podem saber mais sobre o Paulo aqui:
Blogger: http://paulobraccini-filosofo.blogspot.pt/

sexta-feira, 10 de julho de 2015

pós-treinos

Bommmmmmmmmmmmmmmmmmmmm, confere. Pareço um deficiente a andar. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

passatempo much, much, much underwear

Como já sabem (ou para os mais distraídos, que ainda não sabem), nós (Portugal) já temos uma marca de roupa interior 100% masculina (ou como diz o Hugo: "mais atrevida e para o público despido de preconceitos"). Aliás, já tinha feito um apelo aqui sobre uma iniciativa que a MUCH tinha em carteira!

 Mas já estamos noutra fase. Ou seja, a "coisa" vai finalmente operacionalizar-se e dia 10 do presente mês, do presente ano, vamos todos conseguir comprar, vestir, despir, usar, oferecer, tirar com os dentes, etc., toda a coleção. Podem encontrar o site oficial aqui e podem ir vendo (para quem ainda não viu) que já está muito trabalho desenvolvido e estão muitas forças despendidas neste projeto - que nos deve honrar a todos, by the way.

Aqui já dá para ver um grande preview

E antes de comprar, vestir, despir, usar, oferecer, tirar com os dentes, etc., toda a colecção, como os miúdos responsáveis pela MUCH são uns porreiros, resolveram criar uns passatempos para ganharem uns exemplares dos produtos. Por cá, ou se preferirem, no Namoro com um Pop Star!, temos um mini-mini-mini-mini-mini passatempo para ofertar uma peça da colecção que estará disponível para comprar, vestir, despir, usar, oferecer, tirar com os dentes, etc. (e para o vencedor do passatempo escolher também!) - como já disse - no próximo dia 10 de Julho!

Nota: Os produtos não incluem, nem os miúdos da foto, nem as bananas, ok?


 Eu não vou concorrer estejam descansados! (LOL). Também com a sorte que tenho ao jogo não iria sair nada (LOL). Mas adiante. Então e o que é preciso fazer, perguntam vocês? - suponho que estejam todos em coro a perguntar isso agora. Fácil, fácil, e até coloco aqui os passos para ninguém se enganar:

Primeiro: Fazer um gosto na página de Facebook da MUCH underwear;

Segundo: Preencher o formulário abaixo até à próxima segunda-feira, dia 13 de Julho (atenção que apenas será permitida uma participação por endereço de e-mail, participações repetidas não serão consideradas - não se esqueçam do "gosto" na página e aconselho a usar o mesmo nome do perfil de facebook no formulário, para ser mais fácil verificar as condições de participação);

O vencedor será escolhido aleatoriamente através do Random.org e anunciado durante o dia 14 de Julho de 2015. Boa sorte a todos!

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh e podem ser participações de Portugal, da Europa, do Mundo e do Infinito e mais Além! Estão a ler isto Marte? A MUCH também envia para ai!



 Isto já é extra-concurso, mas deixo o desafio: para quem tiver a sorte de ganhar, que tire uma fotografia da peça escolhida, vestida, e nos envie (para mim e para a MUCH!). 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

sete e ponto final - paulo roberto figueiredo braccini

Esta blogaysfera é enorme. Ao contrário do que muitos alegam, somos muitos. Somos muitos, porque não somos só portugueses. Somos espanhóis, franceses, sul-africanos, quenianos, americanos, ingleses, eslovacos, chilenos, peruanos, egípcios, sauditas, chineses, australianos, argentinos, de todo o lado, de todas as nacionalidades, de todas as cores e feitios. Somos também brasileiros e o meu próximo convidado vem de terras de Vera Cruz. É brasileiro, portanto. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

 uando iniciei esta rubrica, não lhe quis chamar de entrevista (até porque não sou jornalista), nem sequer quis, que a mesma ficasse refém de bloguers, mas a verdade é que não dá para ficar indiferente ao Paulo. Ao Paulo Roberto Figueiredo Braccini, para ser exato e rigoroso. Se formos a ver, até tem toda a lógica este momento, porque a seguir ao Miguel R - a revelação, vem a consolidação - o Paulo. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Quem é o Paulo? Olhem, nem eu sabia bem. Por isso resolvi perguntar. Fiquei nas 7 perguntas, como é praxe da rubrica, mas tenho a certeza que muito ficou por descobrir. E numa época em que precisamos de pessoas inspiradoras, que nos mostrem que há mais vida para além do Grindr, o Paulo é a pessoa certa para nos demonstrar, que o amor pode arriscar a ser eterno. E isso merece ser celebrado. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Já não me lembro muito bem como fui parar ao blogue do Paulo (o enfim! é o que tem para hoje...), mas sei que fui. Não é imediata a apreensão de quem lê, de quem escreve. Ficamos na dúvida entre o facto e o ficcionado, entre a verdade e a brincadeira, entre a personagem e a pessoa real, mas quando entendemos certos pormenores concluímos: Possa. Fantástico, como alguém é exemplo. 

Fonte: Paulo Roberto Figueiredo Braccini

Portanto, no próximo domingo já sabem. Podem ler o que perguntei ao Paulo (e as consequentes respostas) e podem tirar as vossas conclusões, sendo que também podem ter alguma esperança (para os incrédulos) de que o amor existe, e que existe fora dos filmes da Disney. E sabem aquelas rivalidades entre portugueses e brasileiros, onde uns "dizem que todos são uns exploradores" e os outros respondem "que todos são uns preguiçosos que só querem praia e cerveja"? Pois, está na altura de educarmos os outros nossos conterrâneos, para que deixem de ser parvos e tolos.


Nota: o preview, desta vez, saiu excecionalmente à segunda-feira.

atitudes

Uma das coisas que eu acho que falta nos homens de hoje (ou se calhar naqueles com menos de 35 anos) é sinceridade para dizerem o que querem, ou que não querem. A multiplicidade de desculpas, para efetivamente afirmarem, que não pretendem ter mais amigos (sim, a desculpa que já tenho uma vida muito preenchida e que só se tem tempo para conhecer pessoas solteiras, não cola e chega a ser ofensiva à inteligência alheia) chega a ser incómoda porque toda a gente percebe onde se quer chegar, mas não há tomates para o dizer. Quando nos dizem, que se fôssemos solteiros, a história seria outra, ficamos a perceber que as intenções só podem ser uma (mesmo que não seja, mas esta postura leva a pensar que sim). 

Os homens são infantis. São. Demoram a crescer e muitas vezes querem tudo ou nada. Eu como vejo as coisas de outra forma (na minha escala de cores existe o cinzento), entendo que uma amizade é tão (ou mais) importante, que um namoro ou casamento. Não existem relações de segunda classe. São diferentes, é certo, mas complementam-se (e por vezes a superam-se). Quando alguém nos diz que não tem mais espaço para ter mais amigos na sua vida, poderia, educadamente, dizer os verdadeiros motivos porque não se quer envolver. Assumir. Explicar. "Olha não dá, porque não tenho interesse em conhecer-te" ou "Por mim está óptimo só a troca de mensagens", são justificações, que na sua génese podem ser discutíveis, mas que a montante são válidas. E não deixam equívocos. Se por um lado arruma o assunto, por outro tira a responsabilidade de um dos lados de "se sentir chato"

Por vezes podemos não ter espaço para outras pessoas na nossa vida (porque já temos um grupo de amigos consolidado, a nossa disponibilidade é diminuta, o namorado ocupa tempo, os pais também exigem atenção, o mano quer estar connosco também, etc), mas recusar a amizade de alguém porque "só temos tempo para conhecer homens solteiros" (desculpa-me), parece-me extremamente idiota. Ou há afinidade ou não há, ou há interesse ou não há, ou há tempo ou não há, ou há carinho ou não há, ou há vontade ou não há, ou há querer ou não há. Porque para limitações de amigos (entre solteiros, casados e viúvos) temos o Facebook e diz que são 5 mil. 

evolução

E o blogue evoluí: 

www.namorocomumpopstar.com



Mas com erros. Amanhã trato disso. É o que dá querer ser artista (lololol).

relacionamentos

Na semana passada, estávamos a conversar à porta do trabalho, quando um colega nosso nos disse, que o motivo para o mau humor de uma colega nossa, é que tinha sido traída pelo marido há coisa de 5 anos atrás e que nunca tinha recuperado do assunto, porque "apesar de ter perdoado, não esqueceu". Outra colega (também ela casada), atirou logo de imediato com um "se perdoou e continuou o casamento, deixou de ter motivo para dizer o que quer que seja". 

Bom, não acho que seja necessariamente assim. Não somos máquinas. Há assuntos que não dá para desligar e considero, efetivamente, que uma pessoa pode perdoar, mas não consegue mesmo esquecer. Não é porque não queira, é mesmo porque somos, e vivemos de sentimentos. E todos os dias é um novo dia, um novo processo de aceitação e um trabalho sentimental, que permite que os relacionamentos resistam, avancem e consolidem.

domingo, 5 de julho de 2015

conga - comemoração dos 4 anos

Ontem fui "congar" - para os amigos brasileiros, eu digo "congar" na brincadeira, porque efetivamente fui dançar, não a uma discoteca ou bar, embora tenha sido efetivamente numa discoteca. O evento é organizado por um grupo intitulado "Conga Club", que organiza uma festa, uma vez por mês, em Lisboa (corrijam-me, se estiver enganado). Desta vez, ocorreu no LX Factory - aliás, é a segunda neste local que eu vou). 

Interior - Piso Superior
Fonte: Namorado

Fui com dois amigos meus, a que se juntou outro amigo de um dos amigos (fomos 4 portanto - momento Cavaco Silva do post). Entrámos cedo (01h00m) e apanhámos o espaço ainda meio vazio. A música estava ligeiramente chata (ou serei eu que já estou velho e cansado?), mas ainda assim dançável

Sobre a noite em si, faço o seguinte resumo: 

1. Custo: a entrada são 10€ com direito a uma bebida. Também nos carimbam a pele, sendo que nem sequer me lembrei disso e estive hoje no almoço de família com uma "conga" impressa no pulso - mas ninguém fez perguntas a respeito. Sim, tomei banho sim, ok? Mas a tinta era forte. Devia-me ter esfregado com mais força. #valeapena

2. Ambiente: é giro. É menos pesado que no Trumps ou Construction, também porque o espaço ajuda (alerto, que não é sempre no mesmo sítio). No LX Factory, o local tem janelas para a rua, abertas, vê-se a ponte 25 de Abril por baixo e desenvolve-se em dois pisos. O de baixo com uma música mais eletrónica e no superior mais comercial. É um espaço simpático. #éistoquefaltaemlisboa

Interior - Piso Superior
Fonte: Namorado

3. Engate: mais uma vez demonstro aqui, que os locais de diversão noturna não são um bicho papão. Ou seja, só acontecem coisas, se quisermos que aconteçam coisas. Ninguém se meteu comigo, nem a bem, nem a mal (pronto, ser feio e enfezado também deve ajudar lololol), pelo que também, quando sentia que existia uma tentativa de "ligar" através do olhar, eu apenas sorria e fixava a vista noutra coisa. Mas lá está, se quisermos, pode acontecer sermos engatados, mas se estivermos na boa, a dançar, saímos da mesma forma que entrámos. #ninguémsabeengatarhojeemdia 

4. Fumo: se isto fosse como em Espanha ninguém fumava lá dentro. Nem no piso de cima, nem no de baixo. Ontem, o rés-do-chão era para fumadores. Estive lá algum tempo porque os meus amigos gostavam mais daquele tipo de música - e eu não iria dançar sozinho no piso superior (certo?), sendo que o tempo que estive, foi o bastante para ter ficado com os olhos vermelhos, inflamados e com a roupa a cheirar a tabaco. Eu não fumo, mas percebo e entendo quem fuma, mas era preferível exercerem o vício só na rua. #odeioficaracheiraracigarro

5. Putos: um conselho de borla. Bem sei que existem fases na nossa vida, que tudo nos parece errado, que achamos que nunca iremos encontrar ninguém para partilhar o destino e que se calhar fomos fadados apenas para a queca, mas mesmo que fosse isso, há uma coisa que é universal, transversal e indiscutivelmente verdade: OS HOMENS NÃO GOSTAM DE HOMENS CHATOS. #facto

6. Fumadores: gente, fumar e dançar ao mesmo tempo é perigoso. Fumar, dançar e fazer malabarismos para mostrar que é um grande dançarino, mais perigoso é. E ter respeito pelos outros é sinónimo de educação. Para a próxima levo um charuto para vos dar na cabeça - se calhar era isto que pretendiam, sei lá. #gentecroma

7. Homens: os homens que se veem por lá, são diferentes daqueles que vejo no Trumps. São um bocadinho mais velhos e apresentam caras que nunca vi em lado nenhum. Portanto, acabam por ser todos novidade. Ontem porém, parecia que estava num festa gay do estado islâmico (se esta houvesse, obviamente) com tanta barba por metro quadrado. #gostodebarbasmasnãocomdoismetrosdecomprimento

8. Resistência: Não aguentei muito tempo. Não sei, ontem não estava com muita disposição. Saí às 3h15m. #velhice 

9. Sinais: na saída, ao percorrer o LX Factory, descobri 2 "Adães"

Fonte: Namorado

sábado, 4 de julho de 2015

namoro com um pop star

Não podemos exigir aos outros, aquilo que não exigimos de nós próprios e se queremos respeito, temos que respeitar os outros. "Blá blá blá". Embora reconheça, que possam pensar, que a primeira parte deste texto se reporta a frases feitas com o intuito de querer mostrar, que eventualmente serei uma boa pessoa, a verdade, é que são duas das minhas máximas que tento cumprir diariamente.

A minha aventura "blogística" começou há mais de 12 anos. Sempre disse que tinha tido outro blogue antes deste, mas em bom rigor, tive dois. E foi em 2003 que apareceu o primeiro, ligado a temas lgbt onde um rapaz (eu) usava a escrita como desabafo sobre a descoberta da sua sexualidade. Foi um projeto que durou pouco tempo, porque cometi o erro de o divulgar pelos meus amigos gays e uma coisa que pretendia, tornar-se no registo de uma caminhada, começou a ficar muito redutora porque me diziam muitas vezes, não devia de falar nisto ou não devia de falar naquilo. Em 2007 - mais propriamente a 09 de Setembro - nasceu aquele que viria a ser a minha relação mais duradoura até 2010. Foi onde conheci o Limite e o Pedro. Embora ao Pedro o tivesse transportado para a minha vida real, o Limite acabou por ficar ainda na minha vida blogosférica, embora nos últimos tempos a coisa tenha evoluído. A 18 de Dezembro de 2010 o meu blogue acabou por ficar privado. Porquê? Porque novamente mostrei aos meus amigos o meu espaço, e passados uns tempos pediram-me para ter cuidado com o que escrevia. Ora, e o que acontece quando temos que usar panos quentes num blogue? Ele acaba por morrer.

Enquanto que no meu primeiro blogue, utilizava uma escrita criativa sem ter uma linha editorial muito definida, no segundo apostei nas rubricas e no cuidado com o português - o que me valeu uma menção no Jornal da Madeira. Neste Namoro com um Pop Star! quis apenas que me divertisse e que de alguma forma fosse o meu registo de vida - gay, leia-se. Apareceu numa fase da minha vida onde pensei que a tinha a prazo e que o destino não estava a ser justo comigo. Tinha ainda tanto para fazer, tantos locais para visitar, tanta gente para amar e não queria que tudo se resumisse a um simples "adeus". E foi neste ano, que várias pessoas me inspiraram e me mostraram que tenho mais força que alguma vez pensei ter. E além de querer um blogue parvo, solto, divertido e livre de preconceitos, quis um blogue inspirador. Quis ajudar e retribuir um pouco do que me deram quando precisei. 

Não tenho este blogue porque quero ser famoso. Não preciso disso. Não quero isso. Comento outros blogues porque quero e porque me dão prazer. Não vejo isso como um "eu comento, também tens que me comentar" e nem procuro que as pessoas me vejam como referência. Apenas gosto de partilhar o que penso, de uma forma mais ou menos ligeira, sendo que não me vejo a competir com ninguém pelo título de Miss Blogue Gay. Se há pessoas que sentem isto, como um campeonato, que o sintam, mas isso não é de todo o meu caminho. Se ao invés de um blogue deveria ter um Facebook, um twitter ou outra coisa qualquer... bom, é a opinião de quem a emite. Eu tenho a minha e sendo este um blogue pessoal, deve refletir aquilo que sou, aquilo que penso, que sinto e quero. E nem sequer vou entrar em guerras de rakings para saber quem tem blogues há mais tempo. Podem contar comigo para divulgações, para concursos, para ideias, para trabalhar, para comentários, para projetos, para ajudar quem quer que seja, mas não contem comigo para guerras. A vida é demasiado curta para isso.

Bom sábado!