quinta-feira, 28 de novembro de 2024

grindr

E para que serve o Grindr, mesmo? 


Já expliquei aqui, em 2014.

resoluções

O 2025 já está ali a espreitar, e ainda tenho muito que decidir e arrumar até o final deste ano. Para já, ando a ponderar a suspensão das minhas redes sociais durante uns meses. Não só, porque há coisas que já me deixam doente, mas também, porque já sei que vou ver coisas... que me vão deixar ainda mais doente. Coração que não vê, é coração que não sente, verdade? 

desafio natal 2024

Pessoas daí, dali, e de qualquer lado, como a blogosfera está mais morta, que eu a pinocar com uma pessoa com quem não me sinto à vontade (piada relacionada com a publicação anterior, da anterior), venho por este meio desafiar-vos, que me mostrem algumas das vossas cenas do Natal 2024 - não estou a pedir nudes, atenção.

Assim, enviem-me para namorocomumpopstar@gmail.com, fotografias das vossas árvores de Natal, grinaldas, coroas, pormenores/pedaços natalícios, camisolas de Natal, etc. e tal, do que acharem mais conveniente e interessante, para eu publicar por aqui! Pleaseeeeeeeeeeeeeeeeee! Motivem aqui o menino!  

Ahhhhhhhhhhhhhhhhh, e enviem-me também uma canção'zinha de Nata, que pronto... ADOREM


O desafio é válido para todos e todas, leitores e bloguers


*publicação inspirada no Mark!

conselhos

Se vão utilizar fotografias no Grindr, que não são vossas, escolham aquelas que não apareçam de imediato numa pesquisa básica do Google Lens, e tentem evitar também, o recurso a bancos de imagens - por exemplo, o Freepik.


De nada.

coisinhas

Quem tiver paciência, tempo, falta do que fazer, etc., e se dedicar à leitura deste blogue desde o day one, perceberá que já fui muito mais (mas muito mais) "moralista", do que hoje sou. Já passei por muita coisa, já li/ouvi muito sobre assuntos sentimentais/relacionais e já conheci muita realidade paralela. Portanto, se as pessoas são, e estão, felizes de determinada maneira, quem sou eu para criticar? Apontar o dedo? Dar conselhos? "Ninguém", como diria o outro. 

É claro, que se for alguém muito próximo da minha vida "real", posso avançar com algumas questões, tentar perceber se a pessoa está OK com a situação, se sente confortável, etc., mas tento não ir além disso. Vou até onde a pessoa me permite chegar, e sempre - ou na maioria das vezes - após solicitação do outro lado, para entrar neste tipo de conversa. Não me acho no direito de censurar, o que quer que seja, porque só quem "está dentro do convento, sabe o que lá vai dentro".  

Presentemente, existem tantas formas de relacionamento, que uma pessoa perde-se nos conceitos, nas especificidades e nas regras. Sei lá, é todo um mundo novo, e quando digo que sou tendencialmente monogâmico, há sempre alguém que me diz, que sou eventualmente assim, porque tenho como referência os relacionamentos do antigamente, como dos meus pais ou avôs. Compreendo a chamada de atenção, até porque hoje as pessoas não estão tão predispostas para aceitar certas coisas (e há situações que não o devem mesmo fazer, porque ninguém merece estar num relacionamento tóxico, só porque sim), nem existe a mesma vontade de consertar, lutar, cuidar e aceitar o outro com é. 

Contudo, e apesar da existência de uma nova panóplia de relacionamentos, e antes de avançar logo para a modernidade da coisa, devemos primeiro, conhecer-nos e tentar perceber até onde conseguimos, e estamos dispostos a ir, mas acima de tudo, entender o que permite ser feliz. O que nos deixa confortáveis. E leves de espírito. Não podemos ser algo que não somos, só para agradar à pessoa de quem gostamos, e não podemos, em nenhuma altura, anular-nos como solução para salvar um qualquer relacionamento. 

Para mim, namorar alguém, significa construir algo em comum, assente num sentimento mais forte que o amor da amizade. E embora possa sentir desejo, por vezes, pelos corpos de terceiros, sei, que só me sinto confortável a ter sexo com a pessoa de quem gosto. E portanto só faz sentido para mim, pinar com quem namoro - ou quando não namoro, com alguém por quem tenha carinho. Logo, não tenho necessidade de estar com outras pessoas, despejar os tintins, e voltar à minha vida "normal". Não sei. Não tenho essa vontade - e não sei se algum dia a terei, sinceramente, de ter "só" sexo. 

Sou muito sentimental. E sempre fui assim. Por isso, relacionamentos abertos, nunca funcionariam comigo. Não era capaz de viver na incerteza diária do "e se ele se interessar por outro", "será que está a fazer assim ou assado" ou "será que está em casa ou está na casa de algum". Adicionalmente, sempre fui ciumento com as minhas pessoas (incluindo familiares e amigos) e ligeiramente possessivo. Ou seja, iria andar sempre infeliz, e miseravelmente paranoico. Para isso, se necessário, fico no conceito da amizade colorida, cujas regras para mim estão mais que definidas. Lá está, não consigo avançar em relacionamentos, sem ter presente normas, condições ou limites. Não sei ser - nem quero ser, "solto" em namoros ou casamentos. Gosto de saber como é, de que forma é e até onde posso ir, porque não consigo viver, sabendo que magoei alguém só porque sim. Ou se posso "queixar-me" com propriedade ou não. Ou se faz sentido estar em determinadas situações, ou se estou a mais. 

 

Talvez por isto, nunca tenha conhecido ninguém do Grindr (ou Tinder), ao vivo, até hoje.  

terça-feira, 26 de novembro de 2024

natal 2024

Como escrevi num comentário, num blogue próximo, podem-me tirar tudo, menos o Natal. Assim, já estão a bombar as playlist das Canções de Natal aqui em casa. 


Venha agora o Natal dos Hospitais! 


Escrevi muitas vezes a palavra Natal, não foi? 


Raios me partam. 

perguntas

- E como se vê daqui a 10 anos?

- Sozinho, e longe de homens. 


Não sei se fui demasiado honesto. 

constatações

Tendo em conta que já faço rir a minha Psi, e ela já me acha piada - bem como às minhas piadinhas parvas, acho que vou começar a pedir que a consulta seja dividida a meias. Ao fim ao cabo estou a ser palhacinho. E de borla.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

taradices

Aquele bombeiro, lourinho, de olhos azuis, todo tatuado e musculado dos Sapadores de Lisboa que sigo no Instagram, levava-me ao céu. Com aquele ar de cabrão, mas ao mesmo tempo, super fofo, deixa-me assim.. sem palavras, ar e cenas conexas. Mas é str8 e às vezes um bocadinho homofóbico. 

Bom, encaixa-se no perfil de 2008. 

registos

Cá estamos. Sobrevivendo. Gerindo um dia de cada vez, entre a absoluta tristeza, a "só" tristeza, a nostalgia ou saudade, e alguma euforia momentânea. Trocando isto por "miúdos", estou a tentar transformar o que sinto, numa amizade com o agora ex, ando a fugir do M. relativamente ao sexo, não fui sincero com um rapaz quando ele me perguntou "mas não te agradei o suficiente para pinarmos?", e ando esguio aos convites badalhocos, para dar pinocadas dignas de óscares de filmes para adultos. Ao misterioso do Grindr, que está sempre a perguntar se "sonhei com ele", apenas vou respondendo ao básico - até porque também não há matéria para mais. 

O que queria mesmo, era ser rico. MILIONÁRIO. Podre de rico. Livre de homens. De preocupações, de responsabilidades, e de dependências emocionais... e fugir. Ir 4 meses o Japão, por exemplo. Até estava disponível para acompanhar o João Cajuda, e o namorado, em modo afilhado "Marco Paulo", ou um filho adotivo, mais velho que os pais, mas super dependentes deles - tipo totó americano. Se isso não fosse possível - porque voluntários para isso é coisa que não deve faltar - acho que também me conseguia aventurar, num cruzeiro de 3 ou 5 meses, por esse atlântico afora. Mas depois embato na realidade da minha conta bancária e só penso "bahhh, deixa-te lá de merdas". Só hoje na oficina, para o carro, larguei 300 mocas. Yah yah. Pior que o meu filho, Afonso Maria, que não existe.

Só sei que o tempo demora a passar. Está tudo muito lento. Os sentimentos estão lentos. Pegajosos. Parece que estou em câmara lenta. Nada muda. Nada acontece de diferente. O ainda gostar muito dele, não passa. A mágoa não desaparece. A revolta vai-e-vem, e a inexplicabilidade das coisas, teimar em vingar. Toda a gente me diz "com o tempo vais lá", e eu assumo que sim - mesmo não sabendo muito bem onde ficará o "lá". Não sei. Tudo parece levar uma eternidade. Tudo parece não ter fim.   

terça-feira, 19 de novembro de 2024

o misterioso do grindr

- Então, não me disseste nada o dia todo. Tiveste saudades minhas? Pensaste em mim durante o dia? Zero.

- LOL nem te conheço pah

imperial é fino | ana bacalhau feat. cláudia pascoal







Porquê é que os homens mais hot e tcharam têm sotaque*? E porquê, é que são os do Porto?

Apesar de adorar o Porto, e malta do Porto, ainda não me refiz completamente de ter pedido um mil-folhas, e terem-me dado um bolo que NÃO É UM MIL FOLHAS! "Ah, aqui é Napoleão", é o caralh#! Napoleão foi um ditador'zinho francês que nos quis invadir, NÃO É UM BOLO


Imperial é fino, ténis é sapatilha
Bica é cimbalino e “chicla” é pastilha
Aloquete é cadeado e capuz, carapuço 
Estrugido é refogado, chapéu de chuva é chuço 
Se trolha é pedreiro, bueiro é sarjeta 
Sertã é frigideira e cabide é cruzeta 


*é uma provocação´zinha, porque dirão alguns que sotaque tenho eu. E tenho, dependendo do contexto AHAHAHA

 

Playlist atualizada AQUI!

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

momentos

E aquele momento awkward, em que estamos a treinar no gym, chega o ex, e passados uns minutos entra o gajo que sonhou com uma queca connosco durante 4 anos, que desapareceu depois de acontecer, e que ainda assim, nos come literalmente com os olhos, tendo deixado um clima de constrangimento no ar? 

Ah pois é, não é para meninos. Prevejo uma semana do caraças para mim!


E bom dia para vocês! 



domingo, 17 de novembro de 2024

fim-de-semana

Bom, parece-me que neste fim-de-semana, não existiu muito drama. Será um sinal que as coisas estão a amainar? 

Acabo de chegar de um café, com uma pessoa que já falava há anos no Instagram, e que nunca tinha conhecido ao vivo, não só porque ele namora, mas porque o meu relacionamento não tinha essa opção (ou pelo menos julgava eu que não). Foi uma conversa interessante, embora estivesse com alguma resistência inicial, porque pensei que ia ser uma seca. Seca, porque de forma indireta, as pessoas "falam" muito através de mensagens, etc., mas depois ao vivo não conseguem articular um discurso coerente e que prenda o outro lado. Aqui, felizmente, isso não aconteceu e ainda bem. Conversámos sobre a minha situação atual (óbvio), de política, de família e que o mundo gay em Lisboa é um penico (e que toda a gente se conhece), Sim, toda a gente conhece toda a gente, ou pelo menos ouviu falar, sendo prova disso, os encontros de 3.º grau  dele, com pessoas das redes, que de alguma forma impactaram negativamente a minha vida, embora não as conheça ao vivo, mas saiba quem são. Confuso? Eu sei. É a minha vida neste momento. 

Ontem, também estive com o M., vimos a Eurovisão Júnior juntos, jantámos e fomos ao cinema. Um programa de amigos, portanto. Ou pelo menos assim espero, que tenha sido o entendimento do outro lado. Apesar das "cobranças". E das "bocas" do género: "ainda não ligaste o Grindr aqui? Não precisas de ficar inibido por mim". *olhos a revirar*


E embora o fim-de-semana tenha passado a correr, de me sentir cansado, e de ter as marmitas todas para fazer, estou mais tranquilo. Resignado talvez. Mas sereno.  

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

mensagens camufladas

 *plim no Grindr: Olás! Tudo bem? Andas por aqui agora?


- Desculpa, eu conheço-te?

- Simmmm!

- Bom, pelas fotos que tens não dá para perceber... 

 *plim no Grindr: foto de cara 

- Ah já sei quem és. Estás por Lisboa*?

- Não**! 

- Então como me encontraste?

- Uma vez pesquisei e encontrei-te. E ficaste nos meus favoritos desde então. 



Adoro o planeamento e dedicação desta malta. 

Ao menos sou "favorito" para alguém! AHAHAH 



* Sigo no Instagram.
**A pessoa reside no Porto.

impulsos

- Peço desculpa pelo beijo na casa de banho. Não o devia ter feito. Vi que ficaste desconfortável. 

- Não tens que pedir desculpa. Como sabes, não estou bem* e a minha cabeça naquele momento não estava ali. Fui apanhado desprevenido, só isso. 


*Nem sei se algum dia estarei. Aguardemos.

chaise longue (não é divã)

Continuo a ouvir este podcast, e estou no episódio "Infidelidade: o fim ou reforço de uma relação". De facto, ouvir certas coisas, através de outras pessoas, faz-nos ver que o mundo não é preto e branco, ou sim e não. E existe uma multiplicidade de soluções, de relacionamentos, de vidas, que não são certas ou erradas. São o que são.

Mas seja como for, existem fios condutores comuns a todos os comportamentos. Ou seja, ser honesto. Sempre. Conversar. Sempre. Apresentar factos, desejos, vontades, e "negociar" com a pessoa com quem se resolveu partilhar uma vida. Acima de tudo, há que aplicar o conceito de honestidade, de forma franca, primeiro em nós, para saber o que queremos efetivamente, e depois aplicar sobre tudo o resto. Falar. Ser maduro. Crescido. Assumir as responsabilidades do que fazemos. E depois, é não quebrar o acordado, as regras, aquilo que foi decidido por ambos, e não pensar, que só porque achamos que o que ninguém sabe ou saberá, mal não faz. Faz sempre. Sempre. 

Antes de se fazer qualquer coisa, há que pensar "será que ele/a ficar magoado"? Se a resposta for sim, então não devemos fazer. E se o fizermos, teremos que contar e assumir as consequências. Porque a vida é feita de escolhas e de consequências. Esconder, mentir, omitir, fingir que não aconteceu é meio caminho andando para que um relacionamento termine. Não pela infidelidade, mas pela parte da confiança (ou falta desta), da lealdade e sobretudo da incapacidade de se colocar no papel do outro. De querer algo de forma unilateral ou narcisista.  

E apesar de ser tendencialmente monogâmico, acredito hoje, que existem sempre formas de quebrar essa monogamia, mesmo sem querer, sendo que a diferença estará na honestidade com que se enfrentam essas situações. E se não formos capazes de ser sinceros, cumprir as definições de determinado relacionamento (ou se quisermos alterá-las, e não tivermos coragem de o dizer), colocar em causa a outra pessoa "só porque sim", então vale mais fazer as malas e partir. As pessoas merecem respeito e têm direito à sua dignidade. 

Mas oiçam o episódio, que é muito mais do que escrevi aqui. 


Ahhhh e em "O desejo e as relações extraconjugais", fiquei a saber que tenho cabeça de "gaja". Isto é, quando me interesso por alguém, ou no limite, que se cometer uma traição, isso quer dizer que já parti para outra. Ou seja, o relacionamento acabou... porque para mim, infelizmente (ou felizmente), sexo não é só sexo. 

extraterrestre | gisela joão







Sim, eu sou um grande ET. Um cromo. Um outsider. Um tonto. E talvez por isso, o título do meu projeto, entre blogues de namorados, tenha sido "Lobo 3malhado". Nunca me consegui encaixar, de forma plena, neste mundo, onde muitas coisas me parecem erradas, onde se dá valor ao que não se deve e onde tudo parece descartável. 

Se assim é no geral, então no submundo gay, sou mesmo um peixe fora de água. Aliás, como sempre fui. Não consigo perceber as pessoas. Os gays. Os homens. Sendo que no fim de tudo, o "problema não são vocês, sou eu"

Noutro dia estremeci
Quando abri a porta e vi
Um grandessíssimo ÓVNI
Pousado no meu quintal
Fui logo bater a porta
Veio uma figura torta


Playlist atualizada AQUI!

o misterioso do grindr

- Não, não vai acontecer.

- Isso pensas tu! Quando eu quero uma coisa, vou à luta. 

- Eu não sou uma coisa. 

eurovision junior 2024

 Vai, Victória, que o caneco é teu!

 

 É já amanhã, e Portugal é dos favoritos à vitória! Com a Victória!


Boa sorte!

o misterioso do grindr

Bom, sempre que abro a aplicação, tenho lá mensagens do puto de 34 anos. E tenho respondido também, sempre. Por causa de alguns comentários que fizeram por aqui, acabei por questioná-lo, assim de rajada. Então disse-me que nunca namorou um rapaz, mas gostava - porque já sabe o que quer, que teve uma namorada há 6 anos e que nunca foi homofóbico. 

Entretanto também lhe disse, que se quer conhecer pessoas, tem de sair dali, tem de confiar em alguém, mostrar-se e dar outro tipo de contactos, para que a coisa flua. Apesar disso, e de me dar razão, sinto a resistência dele, e percebe-se a léguas, que tem medo de "ser gay", que quer estar ainda escondido e que quer conhecer pessoas diretamente dali para a vida real, sem passar pela casa partida. Ou seja, uma espécie de blind date

E depois, apesar de eu já ter esclarecido tudo, ainda me vem com "vais-te apaixonar por mim", "depois vens viver para a minha cidade" ou "tu é que vais ter que te mudar". Hum, hum. Atenção, amigo, nada disso vai acontecer. Até porque, e apesar de te enquadrares no meu tipo de gajo de 2001-2008, estamos em 2024 e sou uma pessoa totalmente diferente. Portanto, esquece lá isso. Move on


Óbvio que isto não vai dar nada, mas ao menos ocupa-me um pouco do meu tempo, distraindo-me de tudo o resto. Censurem-me. 


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

terapia

Caralho para os psicólogos, que puxam, puxam, e acabamos por falar do que não queremos. 


E depois ficamos na merda.  


Thank you very much. 

fora do mar | soraia tavares







Às vezes tendo saudades de quando era pequeno, pré-adolescente, e acreditava. Acreditava no mundo, nas pessoas, nos sonhos, na vida. Acreditava que seria feliz, e adulto, conseguiria concretizar tudo aquilo que já vinha a idealizar desde os tempos tenebrosos do bullying

Mas depois crescemos, e passamos a viver com dramas, responsabilidades e preocupações para resolver coisas. Problemas. Situações. Todos os dias. Todas as horas. Sempre. 

Nos dias mais adultos, e de falta de esperança, desenterro os sonhos, a Disney e os seus filmes, as canções, e acima de tudo, a inocência de acreditar que tudo irá melhorar. 

E tudo saber, um bom livro ler
Fazer perguntas e ter respostas
O que é o fogo e o que faz?
Faz queimar?
Vês?

Uma só vez
Fundamental
Era explorar aquele litoral

Só tenho um fim
Ficar assim
Fora do mar


Playlist atualizada AQUI!

cenas sentimentais

Gosto muito do M. Mesmo a sério. É uma pessoa excelente, que quero manter para sempre na minha vida, e ele sabe-o. É um menino lindo, fofo e muito preocupado. E embora ele me diga constantemente, que está tudo mais do que esclarecido entre nós, às vezes temo que não esteja. E fico de pé atrás, porque não quero entrar em situações sentimentais dúbias, nem magoar ninguém. E é isso. Acima de tudo, não quero magoar o M., porque em relação a mim, não estou muito preocupado. Sei lá, a sofrer já estou eu, e portanto estou um pouco a cagar-me para isso. Para o que sinto. 

Embora o M. diga, que gosta muito de mim, e da nossa amizade, de certa forma pressiona-me. Para estarmos juntos. Muito tempo juntos. A fazer muita coisa juntos. Acho que não o faz por mal, mas começo a sentir-me aprisionado. Asfixiado. E acima de tudo, com vontade de fugir. Não quero desaparecer da vida dele, e já lhe disse que íamos estar juntos no fim-de-semana, mas com calma. Também não quero, que ele comece a ficar demasiado ancorado em mim, e com isso, vá perdendo a possibilidade de conhecer outras pessoas. Porque ele quer, e procura, um namoro. E atenção: eu gosto muito de estar com ele, porque me faz esquecer tudo aquilo em que me encontro, atualmente, envolvido. Tudo o que estou a passar. Mas não posso utilizar o M. como escape. Não é correto. Não faz de mim, boa pessoa. E eu não sou assim. 

Além disso, existem muitos motivos para querer ficar/estar sozinho neste momento. E são todos válidos. Ainda amo muito o outro caramelo, e sei que é recíproco, mas mais do que isso, a minha cabeça não está bem. Não desliga, e não me sinto confortável para algo mais que amizade. Pura e dura. Já me bastam os erros do passado, quando o ex-n.º-1 acabou comigo em outubro, e em maio já estava a namorar com o ex-n.º-2, assim sem perceber muito bem como aconteceu. Quer dizer, assumo a responsabilidade por inteiro, porque misturei as coisas, e confundi carência com amor/carinho/etc. Claro, que depois correu tudo muito mal. Porque não gostava assim tanto dele para esse tipo de relacionamento. E ele ficou a odiar-me. 

Às vezes gostava de ser menos sentimental. Pensar menos nas coisas. Ser mais pragmático. Mas não. Sou assim. Parvo. E acabo por ficar refém de situações, que poderiam ser observadas de outra forma, se fosse outro tipo de pessoa. Mas não sou. Sou como sou. E sou assim. 

padrões

Psi: já percebi que tem um padrão nos homens que escolhe/gosta. 

Ia responder, "sim, os cabrões", mas só disse, "mas não foram todos iguais"*


Agora a sério (AHAHAH): durante muito tempo, e quando era mais novo, tinha um tipo,. Masculinos, discretos e fora do meio, eram um plus, e com o corpo mais ou menos trabalhado, fazia o pleno. Como andava, mais ou menos escondido, e na fase da descoberta para perceber o que era, ou quem era, fazia sentido para mim "apostar" neste tipo de pessoa. É claro que só atraía merda. Ou casados, ou com namorada, ou mais confusos que eu, ou ainda, aqueles que só queriam dar uma queca. Ou até mesmo, os "tais cabrões"

Com o tempo, juntei a esta busca, a idealização que fazia das pessoas - que não correspondia à verdade, obviamente, porque eram personagens criadas por mim - e comecei a colecionar desgostos, atrás de desgostos. Sentia que tinha algo errado, e que era o meu destino terminar a vida sozinho. Neste ponto, tenho que agradecer àqueles que se destacaram no tema. Ou seja, ao Miguel, ao Daniel e ao Pedro - que foram os grandes impulsionadores da minha descrença sentimental inicial. Os dois primeiros, são hoje, assumidamente gays e o terceiro era/é bissexual, mas atualmente namora com um rapaz (faz este ano, julgo eu, 3 anos). Dos três, dois "gostavam de homens", mas sem gostar, e o terceiro sempre foi assumidamente gay. Os três deram-me "esperanças" (de diversos tipos, em diversas fases), e quando não davam, acho eu que as criava. Porque como dois deles, eram do tipo "masculinos, discretos e fora do meio", pensava eu, que eram para a vida. Ou que eram as pessoas certas, naquela altura "certa", uma vez que eu também não queria gritar ao mundo que era gay. Mas sim. Tinha um padrão. 


*A partir dos 29 não foram mesmo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

posturas

Sim, tenho esse péssimo hábito, de continuar a preocupar-me com as pessoas que fazem parte da minha vida, mesmo que se esteja numa fase mais tremida ou distante, ou ainda, que de alguma forma, tenham sido importantes na mesma - e com quem estejamos chateados, desiludidos ou tristes.  

Logo, "tens que de deixar de preocupar tanto com ele", não resulta. 

Bem sei, que isso faz de mim um manso, um totó, um tonto ou um parvo - ou tudo junto. Que seja. Gosto de dormir de consciência tranquila e ter um sono descansado. 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

até amanhã

E agora, depois de passar roupa a ferro, de ter feito as marmitas e ter arrumado a cozinha, vou dormir. Devo ter envelhecido uns 10 anos, de sábado de noite, até hoje. Estou tão cansado, mas tão cansado, que às vezes nem consigo pensar direito nas coisas. Sei lá. Tão depressa começo a chorar por nada, como me sinto anestesiado. Mentalmente, estou super, híper, esgotado.  

O facto, é que continuo a ter imensas saudades da vida que tinha, mas sei que já não tenho, e que não vou ter igual. Sei também, que o quero na minha vida, e sei como o quero ter (acho!), mas penso que ele não está muito interessado nisso. Mas situações românticas exclusivas (leia-se "namoros"), eu também não quero (tenho a certeza!). Assim, espero decisões. E por outros tempos. Dias diferentes. Dias melhores. Preciso. Quero. Desesperadamente. 


Até amanhã. 

gajos

Puto, tens menos 10 anos que eu, és médico, eras hétero, e estás numa fase de descoberta, com algum medo associado. Percebo. Também entendo, que me aches alguma piada fisicamente, pelas fotos que viste, e outra tanta, pelas parvoíces que escrevo. Mas se não me queres dar o teu contato telefónico, nem agregar-me nas tuas redes sociais, para que possamos desenvolver uma conversa mais decente e quiçá, fomentar uma amizade, é claro, que isso irá dificultar o que quer que seja. Também o facto, de não estar bem da cabeça, e querer deixar de ir ao Grindr constantemente, só para te responder, acabará por "matar" esta interação.  

Portanto, mensagens como "não me deixes de falar, porque estás a ser muito importante para mim nesta fase", não são nada, se não tiverem atitudes concretas associadas. Estou disponível para amizade, conversas, copos, saídas, dançar, etc., mas já não tenho idade - nem paciência - para estar com conversas que tinha aos 22 anos, no mIRC, escondido de tudo e de todos. Desculpa. Sou um fraco, eu sei. 

chaise longue (não é divã)

Estou a ouvir o podcast "Chaise Longue (não é divã)", de Joana Azevedo e de Sílvia Baptista, da Rádio Comercial, e comecei  no episódio "É normal não querer ninguém"? - ou seja no último. Ainda vou a meio, mas posso responder em relação à minha situação atual: 

- Não sei se é normal, mas eu não quero mais ninguém nos próximos 200 anos. 

updates mentais

Confusão mental? Temos. 

Saudades? Também temos.

Mensagens com sentido dúbio? Claro que sim. 

Choro? Obviamente. 

Sensação de perda? Oui

Querer voltar atrás no tempo? Claramente. 

Achar que já estava tudo resolvido, mas que afinal não estará assim tão resolvido? Sim.

Pensar que mentalmente se estava mais forte, mas afinal era tudo uma ilusão? Pois. 

Estar perdido na vida? Olhem, nem confirmo, nem desminto - mas não está fácil. 


Que merda de semana. E ainda só vamos na terça-feira. 


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

coisinhas

Boa semana para todos! 


Até para aqueles* que estão prestes a meter-se em embrulhadas sentimentais.


*como eu.  

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

calendário blogosférico | 2025

 

Já está em andamento e a ganhar forma! 

Espero conseguir ter isto feito a tempo! 


Vou ter de me aplicar forte e feio, ou como se diz em inglês: "forty-five"*


*eu sei que não é, é só uma piada estúpida - respirem.


mais mensagens diretas

 *após dias de um "match", chega a mensagem:

- Olá tudo bem?

- Sim e por ai? - respondi e devolvi a pergunta. 


Blá Bla Blá Whiskas Saquetas, depois:

- E o que procuras? - perguntei. 

- Um namoro. E tu?

- Amigos. 


Senti uma pausa, e pensei, "pronto acabou aqui a conversa", mas a seguir: 

- Hummm... ok. Os amigos beijam na boca?

- Os amigos coloridos, sim - respondi. 

- Então quero ser teu amigo colorido. 


Já vi que perdi o andamento da coisa. AHAHAHAHA 

mensagens diretas

*plim no Grindr: Fotografia do rabo 

- Mete. Deves ter um bom pau.

- Não. É pequeno.  


Eu sei. Tenho muito mau feitio. AHAHAH 

atitudes

Durante muitos anos, sempre achei estranho alguns gays só procurarem sexo. Tipo, um rapaz tão engraçado, tão fixe e só procura quecas. Terão medo de crescer? Terão medo de assumir um compromisso? Acham que vão ser adolescentes a vida toda? Será que não sentem a necessidade de querer algo mais? Sei lá, construção de algo em comum? 

Durante muito tempo - lá vou eu ser conservador - achava poucochinho uma pessoa andar "só" no engate. Mas não se cansam? Não se fartam? Não acham que já chega? Não vão ter sempre vinte ou trinta anos! Confesso que tinha alguma dificuldade em entender, como andavam "anos nesta vida", sem nunca parar. Estavam sozinhos, e sempre sozinhos, mesmo sendo BF material, e aparentemente, não se fartavam nunca, e aparentemente também, estavam bem assim. 

Às vezes concluía "são homens a ser homens" e que os "homens são muito mais sexuais que as mulheres, e os gays então nem se fala", portanto é "normal existir mais engate, traições, sexo e afins". Não sei. Talvez fossem só pré conceitos (termos separados ou juntos) meus, e apesar, de achar que estava a pensar bem, e que me sentia confortável em querer coisas diferentes, no fim de tudo, até poderia ser eu a estar a ver mal as coisas. Não quero com isto passar a ideia, que ando por aqui a pregar considerações, de como cada um deve viver a sua vida, até porque não sou pastor de nenhuma igreja, nem tão pouco quero trazer pessoas para nenhuma seita. Mas a ideia que tinha dos relacionamentos, e das pessoas, era totalmente diferente. Contudo, hoje consigo perceber um pouco mais essas posturas, e porque muita gente opta por amputar a parte sentimental da sua vida. 

*Escrito ao som de "Preciso d'Um Herói", de Claudisabel 

quem me vê | luís trigacheiro







Por acaso, mas só por acaso, tenho os olhos da minha mãe. Os olhos, a boca, os dentes e a cara no geral, . E por outro grande acaso, a minha mãe, é a cara chapada do seu pai, meu avô. E há quem diga (embora discorde), que tenho um pouco do feitio do meu pai. Que não o foi buscar - de certeza - à sua mãe, minha avó.  

Mas não seremos nós, sempre, um somatório daqueles que geneticamente nos antecederam? E de todos aqueles, que embora não partilhem os nosso genes, nos moldaram ao longo da vida? 

Quem me vê não sabe bem 
De verdade quem eu sou, 
Vê o olhar da minha mãe  
Que o herdou do meu avô. 
Quem me vê, vê o meu pai 
Neste meu jeito de ser 
Que o meu pai herdou do pai 
Que herdou do pai,  
Ainda antes de nascer. 


Playlist atualizada AQUI!

egos e autoestimas

Nos últimos anos, andei com a minha autoestima em baixo. Mesmo em terreno negativo. Negativos, em milhões de infinitos ao quadrado. Tinha uma merda de ego, e sentia-me uma bosta de homem. Maioritariamente em relação ao aspeto físico, mas também, um pouco a nível psicológico, onde me sentia (ou sinto) um falhado. As redes sociais (mais o Instagram) também ajudaram nesse "feito" e não me sentir desejado, fez o pleno. Sentia-me invisível. Ignorado. É a vida a acontecer, diriam muitos. Mas é o que é. 

Depois de ter terminado o namoro, ou melhor, da forma como ele terminou, ainda fiquei pior. Bem pior. Portanto, e como é obvio, com a psicóloga foi fácil identificar esta questão. Yeah, sou um fácil. E estamos a arranjar estratégias para conseguir minimizar o impacto da "coisa" e avançar na resolução possível. E não estou a fazer-me de coitadinho, sei que tenho esse problema, e estou e tentar corrigi-lo. Keep Calm com as críticas. É um processo. 

Durante estes últimos meses, o downgrade foi tão grande (ainda mais, claro está), que fez com que fosse ainda mais vezes ao ginásio, como se isso mudasse alguma coisa. Fisicamente julgo que não, mas ao menos, a cabeça andava ocupada com o esforço. Com a raiva. Talvez com a revolta de ser como sou. E de ter nascido assim e de não ter tido "palavra" na minha feitura. 

Nesta luta pela melhoria física, que mais não é do que gostar de mim, tenho conhecido outros ginásios ao fim de semana, para não enjoar o de sempre. O de "sempre", apesar de ser de uma cadeia de fitness, é bastante familiar, portanto não há cá badalhoquices. Escrito isto, a mudança de cenários tem-me trazido coisas boas. Não só o facto de me obrigar a sair da minha zona de conforto (conhecer locais novos, conhecer pessoas novas, hábitos e rotinas novas, etc.), mas também a sentir-me um pouco desejado. Com os olhares, com as piscadelas e com os "auto toques" de terceiros, mais ou menos inocentes, nos seus corpos. 

Ainda não estou espetacular, mas estou a redescobrir-me, a reconstruir-me, mas acima de tudo, a conhecer-me. E isso é o mais importante. Assim, quando os meus amigos falam comigo, digo sempre: terapia é o melhor que podemos fazer por nós. E olhar-nos de fora, é absolutamente essencial, para evitar que entremos numa espiral, quase de autodestruição, quando ao fim ao cabo não existem motivos para isso. 

E assim sendo, estou aqui a contar os minutos para ir de fim-de-semana e criar memórias bonitas. 

colegas

Ontem, estive num almoço de despedida de uma colega que se reformou, a meio da cena, a minha colega de gabinete, que estava ao meu lado, vira-se para as outras da frente, e diz: 

- Este é um menino de ouro!  Passa a ferro, faz as suas comidinhas e marmitas, vai às compras, está sempre disponível e quem o levar, só fica a ganhar. 


Sério? A sério? Que vergonha!!!!! Se houvesse ali um buraco, enfiava-me lá dentro. LOL 

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

mensagens

Recebi agora mesmo, uma mensagem pelo Grindr, de um perfil de um rapaz  de 26 anos que alertava "mais de 40 nem vale a pena", portanto ao "Boas" que recebi, respondi com um "tenho 44"

solteiro aos 40

Escreve a Maria, do blogue "Sorriso Incógnito", que ser solteiro, aos 40, traz aprendizagens. Ou seja, reaprendemos a estar connosco, ganhamos rotinas e hábitos próprios, vivemos sem ter que justificar, no imediato, os nossos passos a terceiros, e acima de tudo, temos que ser uma pessoa com "muito amor próprio e estar bem resolvida com o mundo à volta e contigo mesma" 

Isto é, ganhamos consciência de pormenores e de ações, que não nos tínhamos apercebido que existiam, e olhamos para esta fase da vida de outra forma, e acima disso, a maneira como a sociedade olha para nós, os solteiros 40-plus.

Ainda segundo a Maria, existem ainda, as seguintes conclusões imediatas: 

"- A vida está feita para tu teres alguém na vida.

- As pessoas vão continuar sempre a perguntar se tens alguém, se casas, se vais ter filhos. 

- Tens menos paciência para aturar as maluquices dos outros.

 - As pessoas dizem-te coisas que não estando na mesma situação não imaginam como te fazem sentir.

- Querem saber assim que sais com alguém mas ninguém te pergunta como estás quando não sais.

- A uns dás vontade a outros medo. É mais difícil encontrar quem queira quebrar essa coisa de estares bem resolvida na vida sozinha.

- Fazem mais juízos de valor sobre a tua vida.

- Tu até podes não estar com a corda atravessada ao pescoço quanto ao orçamento mensal no entanto estás para lá de pobre se quiseres comprar casa sozinha/o. Não dá. 

- As pessoas são preconceituosas no estar solteira/o aos quarenta sendo homem ou mulher.

- "Assim é que estás bem" a frase que mais ouço, principalmente de quem está em relações e isso diz muito, tanto das pessoas como das relações".


Concordo com tudo, porque considero ser tudo verdade. Aliás, ainda na segunda-feira me perguntaram "mas estás de solteiro de momento?", e sobre a minha resposta afirmativa, rebateram com um "olha, estás melhor assim, aproveitas mais". Ai sim? Vou aproveitar o quê? Jantares mais baratos no dia dos namorados, ou pagar mais por um quarto single, num hotel? 

pérolas da urgência

Aparentemente, e segundo muitos relatos no X (com prints de denúncias e publicações da referida página), o perfil Pérolas da Urgência no Instagram, que pretendia alertar para questões ligadas com saúde, saúde pública, profissionais de saúde, SNS, etc, principalmente nos Governos Socialistas do António Costa, assim de forma "isenta" dissimulada, revelou-se nestes últimos dias, ser: 

1. Anti-gay;

2. Anti Aborto;

3. Anti Vacinas; 

3. Contra a Prep e doentes com HIV; 

4. A favor de Trump e das suas políticas mais mesquinhas. 


Já vi que muitos conhecidos e amigos meus seguem essa merda de página, porquê? Para quê? Concordam com estas "bandeiras"? Ou ainda não se aperceberam que a seguem? Ou acham mesmo que era "isenta"?

Se calhar está na altura de repensarem na vossa vida. Digo eu. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

perguntas

- Mas o que valorizas mais, assim num relacionamento?

- Neste momento? Não procuro isso. Mas num futuro, assim, muitoooooo longínquooooooooo, acho que já me contentava não ficar com a sensação, de que a pessoa que está comigo, tem algum tipo de vergonha de mim. 

aplicações

Voltei a dar uma oportunidade ao Tinder. Agora além do Grindr, tenho Tinder e procuro apenas e só, amigos. Aliás, quando digo isto, a conversa morre logo ("smile cara de palhaço"), ou então sou atingindo com montes de "porquês". Tipo, como se uma amizade, fosse algo menor. Ou poucochinho. Não é. Nunca o foi. E para mim, é muito importante, não só porque - e como já escrevi aqui muitas vezes - é a família que se escolhe, mas também, porque são estas pessoas, que acabam por saber dos nossos segredos mais profundos. E eu, neste campo, estou um pouco desfalcado. 

Como é natural, tendo em conta todos estes entraves, e que depois da "chama" ou do "match", a "coisa morre", o meu interesse por estas aplicações tem diminuído dia após dia. Tenho dedicado mais o meu tempo, ao Instagram e algum ao X, e em conversas ligeiras, sem mais interesse por trás. Não só, porque não sinto necessidade de algo mais (às vezes sim, mas passa rápido), mas porque procuro conexões com pessoas com quem possa falar de coisas simples do quotidiano. É óbvio, que quando começam com conversas mais porno-eróticas, e apesar de não estar morto, o diálogo esmorece ou fica mais espaçado da minha parte. Porque não estou bem para ai virado. Ou porque sinto depois, ali, uma obrigatoriedade qualquer. E não me quero sentir preso a nada, nem emocionalmente responsável por ninguém. Por isso, avancemos na espuma dos dias com a tranquilidade possível.

eleições

Pelos vistos, aconteceu o que muitos temiam. Vamos lá ver no que isto vai dar... sendo que todos sabemos desde já que, o que acontece nos Estados Unidos da América, não fica nos Estados Unidos da América. 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

atualizações

A atualizar a minha lista de leitura de blogues, com os critérios "blogues ainda ativos" e "blogues inativos, mas ainda online, e que por uma questão sentimental, não os quero largar"

Se entretanto conhecerem novos projetos, e que considerem valer a pena seguir e ler, please, indiquem-me os mesmos, nos comentários! 

Obrigado! 

coisinhas

As pessoas andam destemidas nas perguntas, e eu, destemido nas respostas. Depois ficam amuadas, mas olha, é a vida a acontecer. 

conceitos

"A responsabilidade afetiva é, de acordo com a psicologia, o ato que uma pessoa tem de se responsabilizar pelo afeto e pelas expectativas que as demais pessoas criam a seu respeito, sejam elas de amor, de amizade, de coleguismo etc. 

Uma pessoa afetivamente responsável age no sentido de não ferir o sentimento do outro, comunicando-se com clareza e objetividade, respeitando acordos e jamais expondo o outro a situações constrangedoras. 

Isso não quer dizer que a responsabilidade afetiva acabe com todo o sofrimento do mundo. Se uma pessoa casada se apaixona por outra, ela precisa explicar ao cônjuge o que está acontecendo. A responsabilidade afetiva, nesse caso, é agir com transparência e terminar a relação, em vez de recorrer à traição. Haverá sofrimento, mas trata-se ao menos de uma forma digna e respeitosa de lidar com a situação. 

A transparência, o respeito, a clareza de comunicação e os “combinados” entre os envolvidos em qualquer relação são os pilares básicos desse elemento tão essencial aos relacionamentos humanos. Inclusive, o termo “responsabilidade emocional” também é empregado como um sinônimo de responsabilidade afetiva".

Fonte: José Roberto Marques 


A responsabilidade afetiva, nos diversos campos que compõem a minha vida, encontra-se de momento a ser trabalhada, melhorada e afinada. Por vezes, pequenos gestos, que consideramos não ter importância alguma, têm uma dimensão gigante nos outros e nunca chegamos a perceber isso. Portanto, é essencial saber ouvir, ler sinais e ter cuidado nas abordagens, porque ao fim ao cabo, estamos a falar de pessoas que gostamos, que queremos ver bem e felizes. 


E a vocês? Como andam neste domínio?

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

viagens

Bom, amanhã entram em promoção os voos da Easyjet. Será que vou aproveitar? A minha mãe já me cobrou a viagem a Roma, que lhe prometi faz anos, e os amigos na Alemanha já me disseram que "tenho de ir", e antes de maio do ano que vem. 

God, dá para me aumentar a conta bancária? 

preocupações

O que me preocupa, agora, efetivamente?

Como o mundo vai ficar, após as eleições nos Estados Unidos da América. 

blogogaysfera

Há quem defenda que a blogosfera, ou no nicho concreto da blogogaysfera, é como a eurovisão. Ou seja, fazes-me uma visita a mim, eu retribuo. Deixas-me um comentário, aqui e acolá, e lá vou eu, comentar por obrigação, ou educação. Se calhar, quem diz que isto existe, pretende dizer que afinal na blogo são é todos versáteis, e que toda a gente gosta de tudo. Ou de toda a gente. Ou de tudo de toda a gente. Whatever.  

Pessoalmente, eu comento o que quero, e leio os blogues que quero. Não me sinto obrigado a nada, nem estou aqui a fazer fretes. Talvez a capa do anonimato, me dê mais liberdade para ter este comportamento. Talvez porque tenha a mania que sou rebelde. Ou talvez ache que tenha personalidade. Não sei. Sou apenas assim. E gosto de ser assim. No fundo, prefiro ser mais agregador, do que conflituoso. 

Contudo, o que já verificava antes de abandonar este projeto, verifico hoje também. De 2019 para 2024, a imensa blogosfera, deixou-se contaminar com o que já se passava, e continuar a passar, nas outras redes vizinhas. Intensificou o ódio, a mesquinhez, as "bocas", os ressabiamentos e acima de tudo a falta de caráter. O que é uma pena. Porque se este é um espaço de partilha, e pode fazer a diferença na vida de alguém (acreditem que faz), porque o queremos transformar em algo horrível? Porque queremos maltratar alguém só porque sim? Eu sempre considerei desnecessária a gratuitidade de um comportamento, só porque sim. Só porque resolvemos embirrar com uma coisa, ou pessoa, só porque sim.  

Eu sei, que todos temos fases menos positivas na vida, e durante esse período, andamos revoltados, raivosos, com vontade de mandar para o caralho o mundo inteiro, mas quando esta coisa momentânea, se torna, efetivamente, prolongada no tempo, e ficamos assim, meses e anos, parece-me que devemos pensar na nossa vida. Isto é, queremos mesmo ser essa pessoa? Ter esse comportamento? Ser sempre assim? Para mim, parece-me extenuante. Parece-me cansativo. 

E não quero que pensem, que estou a escrever isto para mandar "recados" a alguém. Porque o que tenho de comentar, comento no sítio próprio (como já o fiz), mas verifico que estes comportamentos se tornaram tendência. E acima de tudo, "normais". Quando não deviam de o ser. 


domingo, 3 de novembro de 2024

domingos

Hoje fui conhecer mais um ginásio novo, onde fiz mais um treino para a coleção. Aliás, os chocolates, comida de conforto e demais tentações alimentares, não se abatem sozinhas - que diga o cozidinho da mamã de hoje ao almoço. De uma forma geral, gostei do espaço. Muito amplo, luz natural, cheio q.b., e tudo bem organizado - exceto o local onde se deixam as toalhas. O-D-I-E-I os cacifos, porque são daqueles retângulos recortados ao meio, com corte em  metade de duplo L - positivo/negativo, e portanto a minha mala não cabe. Ou melhor, cabe, mas tenho de estar ali a empurrar como se o mundo fosse acabar naquele momento, e eu tivesse que ir a correr para a Arca de Noé. 

Terminei a tarde no LX Factory, onde fui para os petiscos. Gosto de ir ali, de vez em quando, porque considero que é uma forma de viajar para fora daqui, sem sair efetivamente... daqui. Além disso, aquele espaço tem muitas memórias minhas. As festas da Conga, o meu melhor amigo (que já não está entre nós), as saídas à noite, e acima de tudo, um tempo onde tudo parecia mais fácil. 

Entretanto, já arrumei as coisas para amanhã, e já estou pronto para a semana que aí vem. Bom, tirando a dor de costas, que adquiri de ontem para hoje, e que espero que não seja nenhuma lesão da treta. 

E agora vou ver um filme e dormir!


Boa semana para vosotros


coisinhas

Ahhhhhhhhhh, e este blogue, de alguma forma, já me "salvou", em 2012 e 2014. Portanto, tenho a certeza que o fará de novo. Portanto, a ele, o meu "many thanks"


E bom domingo para vocês! 

Aproveitem a vida que isto passa a correr. Conselho de quem viu perder 14 anos. 

outros planos | rita rocha







Acabadinha de ouvir de forma aleatória no Spotify, e que assenta que nem uma luva. Portanto, tornou-se na canção do dia de hoje, que apesar de ter muitas distrações para a minha mente, estas, não conseguem desligar-me do meu passado, das minhas saudades e das minhas recordações.

Que um dia vai ser só uma piada,
Uma história mal contada
Acho que crescer é mesmo assim
Só pensei que contigo
Ia ser como nos livros
Íamos ficar juntos no fim
Mas a vida tem outros planos p’ra mim


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sábado, 2 de novembro de 2024

não vão arranjar melhor que eu

Quando pensamos, nos nossos vários contextos, que "não vão arranjar melhor que eu", já sabemos que isso é mentira. É uma falácia, porque não existem duas pessoas iguais (nem em gémeos, psicologicamente falando), e portanto aquela ideia peregrina, de que nos vão dar valor e tal, ficará mesmo por aí... numa ideia. Ou seja, se estivermos a falar numa situação laboral, vão sempre arranjar alguém que nos substitua, e mal ou bem, o nosso trabalho será feito. Ou na pior das hipóteses, determinadas tarefas que eram feitas, simplesmente deixam de se fazer. E ninguém morreu por isso. Ninguém deu por falta. Ou se calhar até deram, mas o mundo não parou. 

Se passarmos este exercício para o campo sentimental, verificamos que de facto, os nossos ex's não vão arranjar alguém igual a nós. Talvez também, porque eles procuram outra coisa qualquer. Uma pessoa diferente, e portanto, não "vão arranjar melhor", "vão arranjar diferente". E é isso que temos de mentalizar e aceitar, que além de não sermos as últimas bolachas do pacote, nunca ninguém nos dará o valor que merecemos, porque seremos os únicos a ver esse "valor". Embora na minha vida, o ex n.º 1, apesar de querer terminar, pelos motivos dele, a verdade é que mais tarde se arrependeu e quis voltar quando comecei a namorar o ex n.º 3. Assim, tenho a certeza, que este último também irá pelo mesmo caminho - mas veremos. Não, que não arranje "melhor" do que eu, que até é fácil (e em termos físicos, arranja de certeza, até porque não sou nada de especial), mas nunca será a mesma coisa.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

um de novembro

Afinal hoje, dia 1 de novembro, feriado em Portugal, celebra-se a "Festum Omnium Sanctorum", que segundo a Igreja Católica Romana, é uma forma de honrar todos os santos e mártires, conhecidos ou não.

E por conseguinte, amanhã, 2 de novembro, será o dia dos fiéis defuntos. 


Ou seja, e trocando isto tudo por "miúdos", hoje é o meu dia, e amanhã, o dia do meu ex-namorado mais recente. 

constatações

Sigo um puto de 28 anos no Threads, PT, com um corpinho "ui ui" e uma cara de Harry Potter. Um destes dias, estava-se ele a queixar que, para conhecer gajos, o Tinder, Grindr, e afins, já não serviam e se alguém recomendava algum outro sistema. E eu sugeri "blogues". E ele perguntou-me, com aquele ar de quem quer me chamar de velho, mas ao mesmo tempo não chama: isso não está mais que morto?

Bem, se calhar está. 

coleção | Banda Eva | Ivete Sangalo







Estava a conduzir e tocou esta canção. Apropriada ao dia. Apropriada ao que estou a passar. E que me fez relembrar muito do que fui e já não sou. Não sei se mudei para melhor, mas sei que estou mais imune e me tornei ainda mais fechado. Talvez a caminho de ser um grande cabrão. 

Sei que você gosta de brincar
De amores
Mas, oh, comigo não
Comigo não

Sei também que você
Eu não sei mais nada
Um dia, você vai ouvir, de alguém
O que ouvi de ti


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dualidades III

Pronto. Ele tinha pensado irmos passear ao parque e lanchar depois. Não precisei de tomar a iniciativa. Agora não sei se isto é bom ou mau. Vamos aguardar pelos próximos episódios. 

dualidades II

Além de tudo o que escrevi na publicação anterior, tenho ali um saco de "pão por Deus" para lhe oferecer. Com chocolates e gomas que ele gosta. Não sei, achei que o deveria de fazer, até porque sou um gajo de pormenores e algumas tradições. Como por aqui, na minha terra, hoje, andam os putos de porta em porta (como eu já andei no ano longínquo de 1769), a pedir o "pão por Deus"  (o que significa doces e docinhos), achei fofo fazer isto. Espero que ele goste e valorize. 


Yeah. Sou um totó.   

dualidades I

Acordei, assim para o triste, e fui ao gym. Vim almoçar com os meus pais e estou aqui sem saber se devo enviar uma mensagem ao M. a convidá-lo para ir dar uma volta, porque não quero que pense que o estou a abandonar (ou a dar ghost), ou se fico quieto a ver um filme sozinho, para não estar a dar esperanças do que quer que seja. Não sei. 


Ainda assim, um bom feriado para vocês, e sejam felizes. Eu farei o possível.