segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

condução

Há umas semanas atrás, ia a caminho do trabalho B-E-M D-E-V-A-G-A-R (sim, aquela multa na CRIL por excesso de velocidade, onde alegadamente dizem que ia a 120 km/h, numa via cujo limite é 80 km/h, foi fabricada cof cof cof, porque toda a gente sabe que conduzo bem devagaaaaar cof cof cof) porque já ia atrasado. Pronto, não ia devagar, mas também não ia depressa. Ia normal, vá. Adiante. 

Recomeçando: ia a caminho do trabalho, quando uma senhora, a sair do ramal da autoestrada, resolveu pôr-se à minha frente. Quer dizer, a madame sabendo que eu já estava atrasado - e que odeio conduzir devagar - resolveu ir em modo de velocidade de contemplação dos "cagalhões dos cães'zinhos no passeio". Para meu azar, durante o percurso que fiz, não consegui arranjar modo de a ultrapassar, pelo que tive que ir atrás da dita até estacionar o carro. Pois, eu sei que ela estava a fazer de propósito, porque as pessoas nasceram só para me irritar. 

Também pelo caminho, e furioso que estava, ia dizendo asneiras e gesticulando no interior da viatura, onde mesmo não sabendo língua gestual portuguesa, conseguia transmitir a ideia "sai-me da frente pão com azeitonas do Aldi" ou "para a próxima deixa o carro em casa e vem a pé, se é para andar a essa velocidade" - para quem não sabe a parte do "a pé" faz-se com os dedos indicador e médio. A diante.

Ia tão revoltado, que a madame percebeu o meu desespero e as minhas "asneiradas" - não que ela soubesse ler lábios à distância, mas sim porque os meus gestos eram inequívocos. Ainda assim, ela parecia que fazia de propósito e andava cada vez mais devagar - ou então era impressão minha - sendo que só a consegui ultrapassar quando a P-*-T-@ me roubou o lugar de estacionamento em frente à porta do prédio e ai, ainda mais furioso, abrandei a marcha para a mandar passear ao interior das grutas de Mira de Aire

Quando já vou quase, quase, a abrir a boca e o vidro, para lhe mandar uma "escarreta" verbal, vejo que é a minha colega da sala do lado, e começo a viver slow motion que nunca mais acabava, parecendo aquelas pessoas que vão ao televisão fazer denúncias e como não querem ser identificadas, têm uma voz distorcida.

Depois de ter percebido a gaffe monumental, que tinha cometido, fui estacionar o carro o mais longeeeeeee possível, para não ter que ir com ela no elevador. Mas como tenho sempre sorte na vida, tive que a acompanhar na subida, onde apenas disse "Bom dia Maria" baixinho e onde fui a contar os quadrados da camisa, numa viagem interminável de 6 pisos.

Depois de uma situação semelhante com a minha mãe (não me apercebi que era ela que ia à minha frente no seu Cintroën C2) já devia ter aprendido a lição.

6 comentários:

  1. Sabes ? Eu quando vejo tal comunicação pelo espelho retrovisor abrando até uma velocidade bem vagarosa, mas dentro do limite, porque apercebo-me que o condutor quer comunicar comigo.
    Tudo com boas intenções ...claro. :)

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    1. LOOOL Sim, sim Magg, sempre com boas intenções :P Nunca ouviste dizer que o Inferno, está cheio delas? :P

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  2. Qdo tenho boas intensões [sic] - rs eu até tolero estas situações. Deoutra forma não suporto. Ora bolas, quer se comunicar comigo mande uma msg, um sinal de fumaça, abana a mão mas não me empaque.

    Tb sou destes: "eu sei que sempreestão fazer de propósito, porque as pessoas nasceram só para me irritar. "

    Beijão

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  3. Talvez se aprendesses linguagem gestual te fosse mais fácil comunicar tais ideias eheh

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