Ontem, de facto, foi um dia de merda. Fui com o M. ao gym e a tensão sexual está ao rubro. De ambos. Embora esteja tudo esclarecido entre nós (eu julgo que está), tenho medo que ele pense em algo mais. Tenho medo de o magoar. E tenho medo, que ele sinta que o estou a utilizar apenas, para esquecer alguém, que nunca vou esquecer (jamais e apesar de tudo). Ele quis ir lanchar, e não tive coragem de dizer que não. Ele está a ser super fofo comigo, mas noto ali um entusiasmo, de que tenho medo. Verdade, verdadinha, é que não estava a sentir-me bem. Queria fugir dali e refugiar-me na minha cama. O dia não estava bonito e isso potenciou o meu estado depressivo. Tanto que assim estava, que após me ter despedido do M. e de lhe ter dado um abraço apertado, corri para o carro. E mal ali cheguei, chorei sozinho. Sozinho num parque de estacionamento, sem perceber muito bem o que me estava a acontecer. Com uma tristeza imensa, como nunca senti na minha vida.
Hoje não foi melhor. Dormi muito pouco, acordei mais cedo que o habitual e mais cansado. Fui ao ginásio, fui trabalhar e após sair do trabalho (onde fiquei mais meia hora para não ir logo para casa), telefonei a uma amiga minha. Conversámos um pouco sobre ela, e acabámos a falar da situação que me encontro a viver.
Pensei que estava, aparentemente, bem disposto, mas bastou chegar a casa, para se apoderar de mim, uma tristeza sem fim. Um choro a querer sair, mas que não sai. Uns olhos cheios de lágrimas, mas que impedem as mesmas de cair. Apesar de tudo, não quero ser uma pessoa rancorosa. Cheia de ódio ou mal amada. Acho que consigo perdoar tudo, ainda assim. Embora saiba que esquecer, jamais. Quero-o na minha vida, porque o amo. Mas como amigo, como família. Não quero voltar a namorar com ele, e entrar num relacionamento que me deixava triste. Com baixa autoestima. Depressivo. Quase tóxico.
Quero-o bem. Quero-o feliz. Quero-o livre da depressão severa. Quero que encontre alguém que seja mais "compatível" com ele e com o tipo de relacionamento que ele acha que quer. Não me sinto um falhado, porque nada disto foi culpa minha ou até mesmo opção. Mas sinto-me triste, porque uma das poucas coisas que a minha vida tinha de verdade, afinal não o era. E eu amo-o. À mesma. E apesar de tudo. E quero que ele ultrapasse isto, da mesma forma que eu estou a tentar fazê-lo. Se isso faz de mim um tonto? Que faça. Mas não lhe desejo mal nenhum, ainda assim. E apesar de tudo.
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