A vida corre. Sem parar. Sem contemplações. Sem penas. Nem considerações. A minha, em especial, vive oscilante entre o drama e a euforia. Entre esquecer velhos hábitos e adquirir novos. A tentar perceber quem sou, para onde vou e essas coisinhas todas. No somatório dos meses, vivo, sem ter direito a pausas para respirar fundo. E a brincar, a brincar, estou quase em 2025, onde farei - se lá chegar, 45 anos.
Não estou com muita paciência para grandes feitos, nem para "birras" de pessoas que não conheço de lado nenhum, e que acham, que por me seguirem em determinada rede social, lhe devo justificações do que quer que seja. Como aquele cromo pseudo-PT, que a uma reação minha, a uma story sua (foi uma risada a uma situação, ok?), me manda uma mensagem do nada: "desculpa, mas não fazes o meu estilo, porque quando estou com uma pessoa quero sentir que é só minha, e que não está com outra pessoa". Mas ó caralho, mas eu disse que queria alguma coisa contigo? Ou que estava à procura de algo? Ou até mesmo que tenho que te justificar o que quer que seja? Se estou solteiro ou não? Foda-se, os gays em Lisboa estão cada vez mais idiotas, parvos e divas.
Reparo, que desde 2010 para agora, mudou o "masculino, discreto e fora do meio", e portanto, do medo constante em ser descoberto como "gay", para o "somos todos influencers do caralho, e portanto podemos dar desprezo a torto e a direito, mesmo que a pessoa não queira nada connosco". Por isso, é que é tão difícil ter um relacionamento no "mundo gay". Não só, porque não existe responsabilidade afetiva sobre nada e sobre ninguém, mas também, porque os gajos apenas querem colecionar o maior número de quecas possível. Nada contra. Mas também nada a favor.
Parece que me estou a queixar de estar a ser desprezado (ou ignorado), mas não estou (neste momento estou-me é a cagar para os gays, com a mania que são a última bolacha do pacote - quero sopas e descanso de gajos tóxicos), contudo, isso não invalida o facto de me sentir possuído com estas atitudes de merda. Com homens que já deviam de ser adultos, mas continuam a comportam-se como autênticos adolescentes. Vão andar nesta vida de desresponsabilização emocional até os 80? É isso que a maioria das pessoas procura? Digam-me já que sim, para eu ter ainda mais a certeza, que quero continuar sozinho.
Como disse à minha terapeuta, o "mundo gay" é horrível. Afetivamente falando. Ninguém respeita ninguém, a competição entre gajos para ver quem consegue levar para a cama o "gajo-troféu" é gigante, e parece que vivemos sempre num clima de filme pornográfico contínuo. Lá está, escrevo estas cenas, e depois tenho que levar com um "és conservador". Estou-me bem a cagar para o que cada um faz da sua vida, e aquilo que procura. O que me chateia mesmo, mas mesmo, é que se atropelem sentimentos dos outros só porque sim, ou porque nos estejamos a marimbar simplesmente para terceiros. É pah, desculpem-me os mais liberais, mas acho isso errado. Brincar com os outros, e a vida dos outros, não é nada. Não é ser anti conservador. É mesmo ser um merdas.
Sim. Estou um bocadinho revoltado com gente estúpida.
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