quinta-feira, 17 de outubro de 2024

44

Tenho 44 anos. Feitinhos há 4 meses. Quem olha assim de repente, já vê um homem feito, maduro ou de meia idade. E de certa forma têm razão. Sou isso tudo, embora mentalmente, tenha muito menos idade, do que a física. E isso também é um facto. 

Não escrevo isto, com o objetivo de dizer que a idade é apenas um número, e como tal, sinto-me jovem. Não é isso, até porque acho que estou muito bem para os 44 anos que tenho. Contudo, tudo na minha vida aconteceu tarde. Não só porque sempre tive muita resistência a dar alguns passos, mas porque o meu percurso também teve algumas condicionantes, que me impediram de ser precoce. 

Assim, só dei o primeiro beijo aos 22 anos. A perda da virgindade aos 28. E o primeiro namoro aos 29. O segundo relacionamento aconteceu aos 30 e o terceiro (e último) aos 30 e 4 meses. Que durou 14 anos. 

Olho para trás, e vejo que devia de ter começado mais cedo. Não sei. Talvez tivesse adquirido ferramentas para combater a desilusão, ou ganhasse resistência para não ser tão intenso nos relacionamentos. É claro, que do namoro 1 ao namoro 3, tudo aconteceu muito rapidamente, e não porque o tenha procurado, mas porque aconteceu assim. Além de querer ter essa experiência (de namoro), acho que emito vibes de namorado, e muitas pessoas que conheço, tendem a querer algo mais relacionado com isso. Não é que seja mau, porque até aos meus 28 anos, as pessoas só queriam sexo comigo, mas por vezes, temos que saber estar sozinhos e não viver de relacionamento em relacionamento. 

Obviamente, que cada um é como é, eu não estou a criticar ninguém, mas pessoalmente preciso desse tempo para mim. Para perceber quem sou em 2024, o que quero e como quero. Não sou a mesma pessoa que era em 2010, onde via o mundo bem mais cor-de-rosa e onde achava que o amor, que sentimos pelo outro, era o bastante. Não é. E vejo agora que nunca o foi.   

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