terça-feira, 21 de julho de 2015

moralismo

Gosto muito das pessoas, que numa "discussão" sobre a pertinência de uma festa de aniversário para uma criança de dois anos, o único argumento que conseguem avançar é "mas em África há meninos com fome". A sério? Querem mesmo ir por ai? Então vamos lá: 

1. Não precisam de ir tão longe para se mostrarem solidários e passar uma imagem que são bonzinhos e tudo e tudo e tudo. Em Portugal também há crianças com fome (infelizmente), ou não sabiam?

2. Já que gostam de dar exemplos, exemplifiquem lá o que têm feito para combater essa desgraça? Ajudam? Como? Deixam de comer por cá para mandar para lá? Mandam dinheiro? Deixam de comprar presentes no Natal para enviar para África?

3. Qual é a alternativa? É acabar com TODAS as festas de aniversários das crianças e remetê-las a um canto de castigo porque há fome em África?

4. Portanto, não se pode fazer festas de aniversário para miúdos de 2 anos, mas podemos ter computadores, internet, eletricidade e ler blogues? Talvez porque as crianças em África não comem estas "coisas"?

5. Qual é a solução para o problema? É fazer comentários em blogues a criticar porque alguém resolveu fazer uma festa mimosa para o filho ou cagar no assunto e fazer alguma coisa para mudar o estado das coisas?


Odeio estes "portuguesinhos" moralistas da trampa, que "falam" por detrás de um monitor, mas que na prática não fazem nada e que nunca mataram a fome a ninguém. 

24 comentários:

  1. Tanto ressabiamento, credo.
    Eu até posso entender, até consigo, o argumento da criança não dá valor.
    Mas a das crianças africanas a morrer é bom demais, porque é tão tonto.

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  2. Não estás a falar do filho da Pipoca? É que os comentários são deliciosos acerca da festa da criancinha. lol

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  3. Tu andas a comer pouco e ficas maldisposto!

    https://youtu.be/L4mP9pR-mzU

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    1. Piadinha menino Shoes :P Já vi que anda mais contente. É o que dá "matar saudades" lol

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  4. É a velha questão do querer parecer bem, mas a fazer uma enorme figura de urso.
    Nem vale a pena dares importância a isso..


    Abraço

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  5. Festas de aniversário de bebés são sempre festas de aniversário para os pais, é um facto.

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  6. É o mesmo que não poderes sorrir porque estás rodeado de pessoas tristes. Houve e ainda há alguma perseguição a quem ostenta e ostentou certa alegria, bens materiais, sobretudo desde que Portugal mergulhou na crise (que a bem ver nunca esteve noutro estado que não em dificuldades; não me recordo de um Portugal bom).

    Olha, eu tenho andado mais animado, mas nunca me importei que quem estivesse à minha volta pulasse de alegria. :) Pelo contrário, lá me contagiavam um pouco.
    Isso é gente invejosa e parva.

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    1. Mark'zinho exactamente. Quer dizer não sejamos mais papistas que o papa, ou mais alemães que os alemães (para ser mais contemporâneo). Quando não se sabe argumentar vale mais ficar calado.

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  7. Qual o problema de uma criança de dois anos ter uma festa de anos? Se ainda não tem os amiguinhos da escola, terá certamente uma festa com os primos, avós, tios, pais, padrinhos. Em suma, estar com a família. É isso mau?

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    1. É mau porque teve palhaços e essas coisas todas. E algumas pessoas acham isso um desperdício porque há fome em África. Curioso é que não largam uma parte do seu salário para combater esse flagelo.

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    2. Acho que há muito boa gente a precisar de mandar umas fodas...

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    3. Tu resolves tudo dessa maneira lol

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    4. Somos um mundo de mal-fodidos. Se fodessemos mais e nos importassemos menos com a vida dos outros, este mundo seria mais feliz... LOL

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  8. Se vivermos a pensar que há pessoas em situações piores que a nossa acabamos por não viver a vida como a podemos viver. Entendo as opiniões de certas pessoas mas elas valem o que valem.

    Um bebé de 2 anos sabe lá o que é uma festa de aniversário, significará mais para os pais e qual é o mal?

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    1. Eu não vejo mal nenhum. As pessoas é que vêm mal em tudo ultimamente.

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Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...