segunda-feira, 20 de julho de 2015

fins de semana

"Isto" passa a correr. Quando escrevo "isto" refiro-me ao fim-de-semana. Pelo menos este passou a correr. Sexta-feira saída para o Trumps. Sábado família e ginásio. Domingo passeio com o namorado. 

O Trumps continua o mesmo. Não consigo gostar da música, ultimamente. Estava lá o "outro", que achou piada ao meu rapaz, e embora tivesse andado com as antenas com ar para ver se o via e gerava o "eye contact", teve azar. A meio da noite estava com os meus amigos a falar na pista grande e passa um homem por nós. Fala a dois dos meus amigos, e dirige-se para mim como se me conhecesse a fazer uma grande festa. O miúdo lançou-me um daqueles olhares, levanta o sobrolho e faz cara de caso. Para evitar histórias, digo-lhe ao ouvido:

- Não faço a mínima ideia quem seja.

- Hum hum. Pareciam muito amiguinhos - respondeu-me. 

- Mas não somos, nem sei quem é. Quer dizer ele até pode achar que me conhece, mas não me conhece. 

A saída não correu bem nem mal, mas confesso que já não acho muita piada a este tipo de programa, embora tivesse gostado de estar com o meu grupo de amigos. Mas como não dá para conversar, devido ao som da música, dançamos, fizemos parvoíces uns com os outros e rimos com algumas coisas. Acabámos a noitada às 6h00m. Fomos em direção ao carro e despedi-me dos meus amigos. É interessante como em mais de 10 anos as nossas barreiras caem, conforme vamos percebendo o que é a vida. Se aos meus 22 anos me dissessem, que no meu grupo de amigos iriam estar alguns mais efeminados, eu diria que era mentira e que isso nunca iria acontecer, mas a verdade é que aconteceu e eu gosto muito deles. O preconceito está na nossa cabeça e que cabe-nos combater isso todos os dias.

12 comentários:

  1. Eu nunca achei muita piada a discotecas. Deve ser porque tudo se dispersa e eu fico sempre com o amigo do amigo que eu não acha piada. Gosto muito mais de jantaradas em casa. Fica tudo mais descontraído.

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  2. Por não se conseguir conversar é que eu não gosto de discos... Loool

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  3. Já não vou lá a imenso tempo! Verdade que também já não tenho grande paciência para estes tipos de programas... Do Trumps prefiro sempre a pista comercial e é verdade o preconceito está na cabeça de cada um... ainda ontem postei um video sobre gays femininos ;)

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  4. Não tenho absolutamente nada contra gays mais femininos, aliás, só a designação é meio chata e preconceituosa. Bom, apenas para fazer menção. As pessoas são como são. O estereótipo milenar do homem rude e da mulher recatada e sensível assenta em milénios de conflito superioridade vs inferioridade. Daí que haja essa discriminação sobre os homens mais femininos, como se ser mais delicado fosse algo menor. Parte da visão sobre a mulher como inferior ao homem.

    De resto, não frequento esses espaços de diversão. Não tenho quem me puxe para lá e eu mesmo não sinto o menor apelo. :)

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    1. Mark'zinho o que deveria de importar é a essência da pessoa, se nos faz feliz, se estamos bem com ela, se nos dá valor e se nos respeita. O resto é acessório.

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  5. Uma coisa que não gosto nos efeminados é a forma como se tratam, e isso pode parecer uma estupidez, mas bicha para cá, amiga para lá, não gosto, não entendo, sei que tenho que mudar algumas coisas e não me venham dizer que é preconceito, pois aí teremos uma discussão.

    O mesmo se aplica às Tias, aos machões e por aí fora. São apenas formas de nos expressarmos.

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    1. Limite mas cada um é como é... há coisas que irritam é verdade, mas também não é isso (ser efeminado) que define uma pessoa.

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Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...