sábados

Já tinha comentado, que queria ir ver a exposição temporária “A Paisagem Nórdica do Museu do Prado”, patente no Museu Nacional de Arte Antiga. Disse-me que gostava de ir, mas que não tinha ninguém para o acompanhar. Então convidei-o a vir comigo. Marcámos para hoje e lá fomos nós. Às 16h00m, estava no sítio combinado. Estava um dia de treta, e pensava eu, um dia de Museu. Conversámos sobre as nossas vidas e o que fizemos nesta última semana. Nada de mais.

Não consegui estacionar o carro na Rua “do Museu das Janelas Verdes”. Estava horrível. Cheio de gente. Carros estacionados por todo o lado, e não tive alternativa, a não ser, deixar a viatura na Avenida 24 de Julho.

- Devem estar a dar chupas-chupas no museu – Disse.

- Não. Achas que estas pessoas vão todas para lá? – Perguntou-me, mas já com a resposta dada.

Bem, a verdade é que iam. O museu, e nomeadamente a exposição temporária, estava a abarrotar de pessoas. Crianças irritantes aos montes e gente bastante inconveniente. Pela primeira vez na vida, estive, em Portugal, numa fila enorme para comprar bilhetes para um Museu, ou neste caso, para uma exposição temporária.

Fonte: Namorado

Apesar de não ser o tipo de pintura que prefiro, a exposição “Rubens, Brueghel e Lorrain – A Paisagem Nórdica do Museu do Prado” é interessante e vê-se com alguma tranquilidade (tirando os empurrões de alguns cromos, e as criancinhas a contar os cães dos quadros). Pontos negativos, o local da exposição… merecia outra “dignidade”. E seis euros, acho demasiado caro para o que é.

Pieter Paul Rubens

Atalanta e Meleagro caçando o javali de Cálidon

c.1635-36

Fonte: Namorado

Durante a exposição, num dos sítios onde temos que mostrar o bilhete, estava um gajo com quem eu curti em tempos. Ao princípio não o reconheci, ou melhor, não tive a certeza, mas depois com a troca de olhares realizados de seguida, percebi que era mesmo ele. Contei ao miúdo:

“Já estive no carro com aquele rapaz.”

“A fazer?” – Questionou-me.

“O que achas?”

“Ah ok.”

Tipo. Foi um bocado constrangedor para mim, ainda por cima, porque correu tudo mal com esse rapaz e ele não era quem dizia que era. Enfim. Engates.

...

Após a exposição fomos comer qualquer coisa ao Dolce Vita, porque ficava a caminho e estava a chover. Voltámos a conversar sobre coisas banais. Deixei-o no sítio onde o tinha apanhado e despedimo-nos. Antes de sair do carro olhámos um para o outro. Sim, ainda nos amamos. Mas não sei. Errar é humano. Perdoar é divino. E o tempo ajudará a decidir o que irá acontecer.