quinta-feira, 21 de julho de 2016

bonés há muitos, seu palerma

Tinha umas análises para fazer, e tinha que fazer xixi para um frasco. Mentalizei-me no dia anterior, coloquei o recipiente num local estratégico para não me esquecer do que tinha para fazer e fui dormir. 

No dia seguinte acordei banzado. O candeeiro estava avariado, pelo que, meio a dormir, (com um olho aberto e outro fechado - sem outras considerações s.f.f.), arrastei-me para a casa de banho. Abeirei-me da sanita, e como estava aflitinho, despeguei tudo o que tinha para despejar, e senti-me super aliviado. Ainda estava a comemorar esta sensação, quando exclamei alto:

- F-O-D-A-S-S-E. Devia ter mijado para dentro do frasco! DASS!


Desesperei. Pensei. Não queria ir noutro dia, porque já tinha programado para ir naquele. Tinha que ir hoje. Sem falta. Pensei no que poderia fazer. Sentei-me na sanita a ver se a "vontade vinha". Nada. Rien de rien. Levantei-me. Comecei a andar pela casa a fazer sons para ver se conseguia "motivar-me". Novamente... nada. Só pensava, "dass, no trabalho estou de 10 em 10 minutos na casa de banho a mijar, e agora não consigo". Mas o corpo não me obedecia. Pensei. Fui tomar banho. "Se esperar uma hora, vou ter vontade", convenci-me. Mas não tive. Entrei no carro. Fui o caminho todo até à clínica, a repetir "xiiiiii xiiii xiiiiii", mas o raio da bexiga não queria trabalhar. E eu só pensava "estou lixado e vou ter que voltar noutro dia". Entrei na clínica. Fui atendido. Perguntara-me:

- Trouxe a urina? 


Não. Não trouxe. Obviamente que não trouxe. "Tome lá um tubinho e vá ali à casa de banho", disseram-me carinhosamente. Bebi três copos de água a ver se a coisa ia. Não foi. Esperei. E quando estava a desesperar, tive vontade. Enchi o frasco. Sacudi o instrumento, coloquei-me composto e saí orgulhoso do meu feito. Fui fazer análises. Quando estava à espera de ser novamente chamado, tive uma vontade incontrolável de fazer novamente xixi, mas a casa de banho estava longe e tive que me apertar. Mas nestes momentos já se sabe... acontece de tudo. Para variar, houve um problema qualquer e o enfermeiro demorou 30 minutos a atender o primeiro cliente. Eu era o sexto. Apertei-me. 

Finalmente quando me despachei, corri novamente para a casa de banho e "soltei-me"Parecia que tinham aberto as comportas de uma barragem e eu só pensava "dass, só agora é que tive vontade". Tinham passado 3 horas. Mas lá está, um homem não  "alivia" quando quer. 

E depois de escrever isto, fiquei com vontade de ir à casa de banho. Fui. 

6 comentários:

  1. Definitivamente não temos qualquer controle sobre certas coisas e necessidades. Independente do assunto sério que narrastes, não me contive e ri da situação ... você conseguiu dar um toque de bom humor nesta narrativa de uma situação deveras difícil.

    Beijão

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  2. Tinha saudades tuas Namorado...
    Abraço e bom fds
    João

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  3. Nunca me aconteceu isso, quando é para fazer num frasco, eu faço! Da próxima vez já sabes, tens que acordar mais atento :-p

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  4. Ah! Essas análises... eu frequentemente faço exames de sangue, por conta do acompanhamento de um problema de saúde que tive e assim, há os intermináveis "jejuns"... Dia desses estava eu lá, jejum de 12h... já tinha vencido a metade quando vou a cozinha beber água meio sonolento, na passagem vejo um naco de pão a dançar para mim sob a mesa... mais que num impulso, dei-lhe uma boa mordida mastigando com gosto... até que como você, me lembrei do exame... :P

    No meu caso não teve jeito, enfim... "Inês é morta!", voltei à cozinha e fartei-me ehehehe... E mais 12h de jejum no outro dia!!!

    Abração

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  5. Colocar o frasco num "local estratégico" é tipo, em cima da tampa fechada da sanita.

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  6. HAHAHA, passo sempre pela mesma situação se tenhoq ue fazer um exame! não me mande encher o potinho de sopetão que não rola.. preciso de uns 10 copos de agua... e no jejum é o mesmo, sou capaz de ficar o dia todo sem comer, mas se o medico me manda fazer jejum... a fome é incontrolavel! hshshshshs

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