quarta-feira, 11 de novembro de 2015

lanches/jantares

Não. Não vou falar de política, até porque passei a tarde, não em manifestações em frente da Assembleia da República, mas num lanche no Parque das Nações, em Lisboa, com duas grandes amigas minhas. Aquelas, que tenho mencionado por aqui e com quem converso imenso sobre os dramas do trabalho e relacionamentos. Tendo uma 52 anos e dois filhos (um de 21 outro de 25) e outra 58 (com um filho de 27) a perspetiva que têm das coisas é sempre diferente. É sempre de mãe que procura o melhor para os filhos. É sempre do amor incondicional que quer a felicidade dos seus rebentos. 

 Falámos de tudo um pouco. Falámos de amizade, de relacionamentos e de terceiros. Daqueles terceiros que gostam de destruir relacionamentos só porque sim. Daqueles terceiros que acham que um membro do casal é o amor da sua vida e destroem relacionamentos. Daqueles terceiros que querem pinar com um membro de um casal, só porque se sentem atraídos, mas que não querem mais do que isso. Daqueles terceiros que conseguem acabar um namoro de anos e depois vivem um relacionamento cuja confiança vive assaltada todos os dias. A pergunta que ficou foi: é possível alguém construir um relacionamento, quando foi um terceiro e arruinou um antigo namoro/casamento? Será que não vive com medo que lhe acontece o mesmo? Até que ponto será isso saudável?

Muitas e muitas perguntas, considerações e cenários foram abordados. Comemos, bebemos, rimos e alguém chorou. Apesar de gostar imenso destes momentos, a minha barriga diz-me "pára, olha que cresço", mas um dia não são dias e o Carnaval são 3 (é assim qualquer coisa, não é?).

Fonte: Namorado


A meio da nossa dissertação sentimental, disse-lhes uma coisa, que costumo escrever por aqui: 

Somos mais parecidos que que julgamos. A diferença é que alguns de nós contam/desabafam os problemas porque passaram/passam e conseguem ajudar outros na mesma situação, enquanto outros escolhem viver para eles mesmos, carregando um fardo sozinhos porque acham que aquele problema, drama ou situação não terá ocorrido a mais ninguém e/ou que a vergonha não merece que se arrisque a falar de determinada situação. 

E uma minha amiga rematou: 

Por vezes achamos que A ou B tem uma vida perfeita, e muitas das vezes a vida de perfeita não tem nada. Ninguém tem uma vida perfeita.


E eu concordei. Partilhar sentimentos, dúvidas, dramas e erros não nos tornam mais fracos. Tornam-nos um exemplo, para que outros percebam que não estão sozinhos no mundo. 


Bons sonhos. Até amanhã. 

8 comentários:

  1. Acho que a questão está inquinada logo à partida.
    Dizer que "esse terceiro destruiu uma relação". Destruir porque?
    Porque se apaixonou por alguém que estava comprometido?
    Porque esse alguém que estava comprometido também se apaixonou pelo tal terceiro?
    Porque a coisa entre o casal não estava bem, houve espaço para o elemento estranho entrar no espaço afectivo de um dos elementos do casal.
    O terceiro não acho que tenha que ser o mau da fita.
    Conheço muitos casos de terceiros, assim como de casais que foram "destruidos" por terceiros. E acredita, muitos estão melhores agora. Outros não. Fizeram merda.
    Por isso não é algo estanque.
    Se há espaço afectivo para o amor ficar, depois da paixão entre o terceiro e o tal elemento do casal?
    Haverá claro, como em qualquer relação.
    Se terá medo de aparecer um outro terceiro nesta nova relação?
    Claro, mas não poderá toldar a relação.Será mais um tipo de medo, entre tantos outros.
    Saudável?
    Pouco saudável é não se lutar pela vida e por quem te apaixonaste. Isso seria sobreviver em vez de viver.






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    1. Anfitrião, falámos apenas de algum tipo de "terceiros". Não falámos dos terceiros que acertaram no relacionamento... E sim nada é estanque.

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  2. Realmente, vida per perfeita não existe. Problemas todos nós os temos ... Normalmente são similares. Compartilhar é legal pois nos ajuda a acender uma luz sobre eles.
    Agora, comer o q se gosta é bom ... muito bom ... rs

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  3. Ninguém tem vidas perfeitas e é curioso que sempre que penso nisso, procuro tentar encontrar algo que mostre que isso não é bem assim e tenho conseguido. Perfeição, aonde é que ela está?

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  4. "A vida são dois dias e o Carnaval são três". É assim a expressão :P

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Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...