quinta-feira, 2 de novembro de 2017

teorias do instagram

Comecei a usar o Instagram em 2011, quando comprei o meu primeiro Iphone. Na altura, a malta preocupava-se mais em tirar fotografias artísticas do que outra coisa, e a questão do engate era um bocadinho mais dissimulada ou até inexistente, do que é agora. A malta apenas seguia alguém porque gostava das fotografias das suas fotografias. Na minha primeira conta, cheguei a ter 900 seguidores, sendo que devido à ciumeira, resolvi terminar com a mesma. Aparte: nunca façam algo só para agradar ou porque alguém vos “sugere”, até porque depois vai a outra pessoa, logo de seguida, criar uma conta nessa rede social e vocês, pensam “WTF? Então o problema não era o… Instagram?”

De lá para cá, já tive várias contas de Instagram. Sempre que me aborreço, apago e faço uma nova. Portanto, o número de seguidores muda sempre, e raramente tenho os mesmos seguidores de conta para conta. Já a minha pessoa, é muito fiel: sigo sempre quase os mesmos desde 2011 (por exemplo, sigo o paulista Fabrício Ternes desde que ele criou a conta). Gosto de saber que quem sigo está sempre ali e gosto de sentir alguma continuidade nas coisas que faço. Aliás, na minha vida real sou muito resistente à mudança, e custa-me sempre mudar qualquer coisa, quando tenho que mudar. 

A verdade, é que o Instagram de 2011 é muito diferente daquele que encontramos em 2017. Hoje em dia, quando alguém acompanha as fotografias de outro alguém, é porque espera reciprocidade de volta. Ou então, porque procura aumentar o seu número de seguidores, e segue alguém, e passados alguns dias “dessegue” só porque pretende ter mais uma pessoa para a estatística. Ou seja, para a maioria dos utilizadores do Instagram, seguir alguém acaba por ser apenas uma forma de aumentar seguidores e não porque gosta das fotografias, porque conhece outros locais do planeta ou apenas porque se quer babar virtualmente por essa pessoa. 

Aliás, a interação que existia em 2011 entre os Instagramers, não é a mesma que existe em 2017, e atualmente parece que virou tudo “vedetas” (tirando honrosas exceções) e que no final de tudo, até temos que agradecer o facto de seguirmos determinada personagem. Bem sei, que por vezes, até podem existir algumas pessoas mais chatas, insistentes e inconvenientes, mas para quem procura viver monetariamente do Instagram, há certos “luxos” a que não se podem dar ao… luxo. É por estas e por outras, que continuo a preferir os blogues, porque até a mais vedeta das vedetas blogueiras, mesmo não respondendo a todos os comentários, acaba sempre por interagir com alguém, e assim, conseguimos sentir alguma realidade num mundo cada vez mais virtual. 

E não. Não fui maltratado no Instagram [risos].

2 comentários:

Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...