Na sexta-feira passada, levei a minha mãe ao Centro Comercial, porque ela queria comprar alguns presentes de Natal, e um vestido. Fomos depois do jantar, os dois, porque o meu pai só sai de casa arrastado e já não está em condições de conduzir para ambientes mais, digamos, problemáticos - "transitamente" falando.
No regresso, a minha playlist de música portuguesa feita pelo Spotify - daí que ultimamente só trago registos nacionais, dispara a canção em título e só vos digo: mordi-me todo para não começar a chorar, parar o carro numa berma qualquer, e ficar agarrado a ela.
Posso não estar dentro dos cânones oficiais, para um estado de depressão, mas também não estou bem - e reconheço isso. Dizem que o tempo cura tudo, ajuda a ultrapassar tudo, mas não sei, parece que estou no mesmo sítio de há uns meses para cá. Não vejo sinais de melhoria. Ou se calhar também, porque não tenho o distanciamento necessário para perceber isso. Não sei. Ninguém sabe. Talvez a minha mãe, na sua sabedoria materna, que sente, que sabe, mas que não precisa verbalizar.
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