quinta-feira, 18 de agosto de 2016

bonés há muitos, seu palerma

Estou no café com colegas de trabalho. O café não está cheio. Uma das minhas colegas diz que tem uma anedota para contar. Como é uma senhora que não diz asneiras, fico tranquilo. Aliás, acho que não haverá mal nenhum. Até ela começar: 

"Um agricultor tem uma seara. E vai ao Ministério da Agricultura pedir um subsídio para uma colheita de conas."

Pronto. Afinal tem mal. Olho em volta para ver se alguém ouviu, faço um olhar inquisidor, mas isso não a demoveu e ela continuou sem medos. 


"Está o agricultor a pedir o subsídio e os técnicos do Ministério a olhar uns para os outros, porque desconhecem este tipo de cultura. Mas o agricultor não desarma e argumenta "pois, é que uma cultura de conas é inovadora neste país, nunca se fez, seria uma mais-valia para o país, além que seria um exemplo internacional. 

Os técnicos do Ministério ficam encavacados com a proposta, mas dizem que vão transmitir superiormente o assunto e que passados uns dias irão dar uma resposta formal. 

Passaram uns dias e o tal agricultor recebe uma chamada, para lhe informar que o Estado vai subsidiar a tal cultura de conas, mas que este ficaria sujeito a uma monitorização por parte das entidades competentes. O agricultor concordou e disse que não teria problema algum. 

Passados uns meses, os técnicos do Ministério da Agricultura deslocam-se ao terreno do agricultor e verificam que não existe nenhuma plantação. 

Batem-lhe à porta e pedem para falar com ele. Ele, muito atrapalhado, responde: "ah e tal, pois, a plantação de conas não correu bem". Os técnicos do Ministério da Agricultura desolados dizem-lhe: "ah que pena, estávamos tão contentes com este projeto, iria ser uma inovação mundial e agora o senhor diz que não correu bem? Afinal o que aconteceu?". 

O agricultor desolado respondeu: "Não estão bem a ver... estava tudo a correr sobre rodas... quando caiu uma chuva de caralhos, que foderam as conas todas".


Eu fico em pânico. As minhas colegas riem que nem umas perdidas. Fico ligeiramente vermelho e olho em volta para ver se alguém ouviu. Julgo que não. Tenho quase a certeza que não. Mas pronto... para ter a certeza, nunca mais vou aquele café. 

7 comentários:

Este blogue não é uma democracia e eu sou um ditador'zinho... pelo que não garanto que o comentário seja publicado. Mas quem não arrisca...