terça-feira, 5 de março de 2013

considerações

Já ando um bocado afastado da arte do "engatanço", do "flirt" e  dos “afins”. Mas a coisa é universal e mesmo que passem séculos, a lengalenga é sempre mesma. As miúdas gostam deles maus. Os gays também. As miúdas gostam de quem lhe despreza. Os gays também. As miúdas gostam do fruto proibido. Os gays também, com a agravante de quererem converter héteros (LOL). As miúdas querem ficar como rebelde. Os gays também.

Nesta jigajoga existem sempre dois lados. Os que dão desprezo e os que o recebem. Não fiquem já pensar, alguns, que vão viver condenados à mesma personagem. Assim, como a música da “Laidinha” Ferreira tão bem reproduz, “o papel principal agora é meu”, ou seja, uns dias somos o polícia bom, noutros, o polícia mau.

Dividimos então os coisinhas:


Desprezador: 

Se tens interesse em alguém, dá desprezo. Não é um desprezo de morte, mas sim moderado. Dar com uma mão e tirar com a outra, estás a ver a cena? O importante é não mostrares que não tens ninguém para te tirar as teias de aranha. Tens que te mostrar muito ocupado e acima de tudo muito popular. Mas calma. Tudo o que é demais enjoa e neste ponto, o abuso do ingrediente leva a que a caça fuja para outros pastos mais atrativos. Acima de tudo não podes faltar ao respeito a ninguém, não dar falsas esperanças, mas mostrar que não és fácil. A verdade, é que a maioria das pessoas adora desafios. Adora conquista. Adora luta. É claro, que também o objetivo faz diferir a paciência para a coisa. Para quem quer apenas esvaziar os tintins, esta tática pode levar a que a pessoa, passadas algumas horas de perguntas: “queres quecar?”, “e agora?”, “ainda não?”, “mas não queres mesmo?”, “e se for só uma rapidinha?”, “estás aí?”, “somos adultos, portanto podemos ter sexo sem compromisso”, “é que me dás mesmo tusa”, morra subitamente. Nestes casos não te preocupes. Não precisas de ligar o 112, apenas tem a certeza que a fome já arranjou companhia com a vontade de comer.

Resumindo, este desprezo não é imediato, é gradual. Não é cortante, é estimulante. Passos acertados, para subires o Bom Jesus de Braga de uma assentada.



Desprezado: 

És vítima do desprezo alheio? Sem drama. Assume-o e reverte o jogo. Primeiro, é sentir se vale a pena ou não. E se saber se vale a pena, é sentir se há correspondência ou não. E essas coisas sabem-se, sem precisares de contratares um detetive privado. Convidas uma vez, levas nega. Deixa passar uns dias, tenta de novo. Para mim, três é a conta que Deus fez, e pronto, não há abertura para um sim, é melhor esquecer aquele Euromilhões porque não vai haver prémio. Next. O segredo está em saber, quando é que gira a lotaria, porque a próxima taluda pode ser tua.

Não caias no erro de dizer “eu sou diferente dos outros!”. Merda. Já foste. Nesse momento, o teu bloco de granito, a que pensavas utilizar para esculpir um David, acaba de abrir várias janelas de “chat” com os desprezadores de ontem. Ou seja, se te anulas e te rebaixas por atenção, o outro lado, prefere a enguia que lhe escapa por entre os dedos, porque sejamos lógicos e práticos: o que sentimos como nosso não tem piada, certo? O gozo é completamente diferente. Ah, e não podes vir com estórias, “ah e tal não sabia”, porque basta ouvir os antigos que afirmam “só damos valor às coisas, quando a perdemos”. E se assim é, porque passas a ideia que és uma coisa, e que te deste a ganhar, se nem sequer andaste uma voltinha no carrossel? Não é melhor meteres a moedinha e escolher se queres ser engolido pelo penico ou montares um animal qualquer? 

15 comentários:

  1. E o pior é que tens razão!
    Mas e a parte de sermos verdadeiros, sem jogos, etc.?

    Enfim, as coisas não são como na Disney...

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    1. A parte de sermos verdadeiros também conta, mas tudo tem o teu timing. Acima de tudo, temos que ser verdadeiros connosco, depois com os outros!

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    2. concordo contigo Ricardo.

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  2. LOL, bem não sei se será bem assim...

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  3. Bem, vai lá vai... Tanto ponto no i lolololol :P

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  4. Concordo com a parte dos clichés e especialmente quando querem criar depois uma ilusão que não vai de todo corresponder à realidade, mas isto são jogos que aconteciam talvez com uma idade diferente, eu pessoalmente não teria paciência neste momento para viver qualquer um destes papéis, a honestidade pode não dar tantos frutos, mas aqueles que dá saciam mais.

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    1. Sim, confesso que com a idade a paciência e cada vez menor...

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  5. Hummm... não se se concordo. Pelo menos sempre me meti à parte deste cliché. Sempre me vi envolvido em parcerias win-win :)

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    1. Sortudo :P Quando me meti numa nessas, deu mau resultado :s

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  6. Encontro aqui demaisadas verdades nas relações que se vivem actualmente. É por vezes dif´ciil de admitir e de aceitar, mas uma boa relação também tem, a dada altura, um pouco disto que abordaste aqui.

    Abraço :3

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    1. Uma relação não pode cair no erro de ser sempre um dos lados a olear e não pode cair na asneira de achar que a "coisa" está segura, porque uma relação é uma aposta constante e diária!

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  7. Dizes verdades inquestionáveis ao longo do texto, inclusive a de "conversão de heteros". Gosh, isso é tão verdade, ao menos comigo. :s

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    1. LOLOL Uma ponta de verdade terá Mark LOL Mas também terá muita imaginação pelo meio! Lá está, ninguém é dono da verdade :P

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