segunda-feira, 18 de agosto de 2025

meados de agosto

Não é que não tenha coisas para contar, desabafar, etc., até porque tenho, mas a minha vida continua dramática, pautada por uma confusão sentimental gigante, choro, notícias más em relação a algumas pessoas que me rodeiam (que espero que apenas fiquem no campo das hipóteses e do "benigno"), atitudes familiares sem solução, problemas financeiros e um cansaço extremo que não diminui.

Claro que quem olha, nem sabe o que se passa, até porque sou muito bom a disfarçar a cena, mas precisava mesmo de uma bruxa para me tirar este mau-olhado - que tenho a certeza que me lançaram. Disso, e de dormir um mês inteiro sem parar. 

Entretanto, estes meses, que medeiam esta publicação e a anterior, podem ser resumidos da seguinte forma: 

- Estive no concerto da Kylie Minoge, fui a Barcelona, fui ao cinema ver o Super Homem, jantei e almocei fora algumas vezes, comprei uma manta (e estive esticado com ela na relva, em Belém, com o M., quase como se fôssemos namorados), e passei o fim de semana com amigas no sul de Espanha. Apesar disso tudo, estou tal e qual como na semana em que fiz os 45 anos. Só me apetece chorar. Nem sei bem porquê. 


Seja como for, hoje regresso à terapia... de onde ando a fugir há 3 meses. Talvez porque não queira pensar muito na vida, e queira continuar a viver anestesiado de tudo. Não sei. Tudo muito confuso, difícil e duro.  

2 comentários:

  1. Li este post e revi-me em algumas das coisas que descreves. Completei 48 anos há 5 dias, vim visitar Portugal (moro fora há 18 anos) e não reconheço este país, nem me reconheço nele - ando aqui meio anestesiado entre o Portugal moderno e de cara lavada e as memórias que levei comigo, sem saber bem onde me situar. Mudei eu e mudou o país, mas não nos reconhecemos um ao outro. Aliás, pessoas conhecidas já não me reconhecem… temo o dia em que tenha de regressar definitivamente. Serei um estrangeiro, mais um, mas nascido aqui. Coisa estranha. Sobre o cansaço extremo- sinto-me igual. As causas são simples: pensar demasiado, dormir pouco, meditar pouco e socializar pouco. Portanto decidi inverter isto tudo (lá está, é na ação que nos temos de agarrar): enquanto de férias, vou pensar menos, dormir mais sestas, e conhecer gente, nem que seja na praia, estar mais com os meus pais - e rir ainda mais alto, coisa que aqui a minha família está sempre a dizer que eu faço demasiado. Se eu puder resumir este comentário: agir para nos sentirmos mais vivos e melhor. Não é o mundo exterior que vai fazer isso por nós. Temos de ser nós a trabalhar para isso.

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